quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Afinal feita Justiça no caso Dorothy


                          

          A missionária americana  Dorothy Stang foi assassinada em 12 de fevereiro de 2005, aos 73 anos de idade.  A causa: ela foi a responsável pela criação do primeiro programa de desenvolvimento sustentado, na Amazônia, em Anapu. Com o projeto, fazendeiros e madeireiros tiveram terras confiscadas pelo Incra.
              Após o assassinato da missionária, o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão ficou preso por mais de um ano, mas em 2006 conseguiu habeas corpus no Supremo e passou a aguardar o julgamento em liberdade.

              Afinal, em 2010, o fazendeiro foi condenado pelo tribunal do júri, a trinta anos de prisão como mandante do crime, em Anapu, no Pará. Permaneceria, no entanto, solto, à espera do julgamento de um recurso, até que a Corte determinasse a revogação de seu habeas corpus em setembro de 2017.

                Mas em maio de 2018, o Ministro Marco Aurélio concede liberdade ao fazendeiro, sob o argumento de que o réu  ainda tem recursos na Justiça contra a condenação.
                  O Ministro Marco Aurélio manteve ontem o entendimento contrário  à execução da pena antes de esgotados todos os recursos, mas foi afinal vencido pelos votos dos Ministros Alexandre de Moraes, Luis Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux.

                    Moraes, que divergiu do relator Marco Aurélio, afirmou que a posição majoritária da turma é pela manutenção da prisão e pela possibilidade da execução da pena antes do chamado trânsito em julgado. O ministro falou em "caso gravíssimo"  e lembrou que a própria turma, em 18 de agosto de 2017, por maioria de votos, negara habeas corpus em favor do condenado. "Os fatos ocorreram em 2005.  E estamos em 2019. É boa hora de cumprir a pena", disse o ministro Luis Roberto Barroso.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )             
               

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