sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

O Presidente Enfermo (2)


                                            

          Segundo a Folha de S. Paulo, após onze dias de internação no hospital Albert Einstein, o Presidente Jair Bolsonaro voltou a ter febre na noite de quarta feira, dia seis,  e uma tomografia detectou pneumonia.
            Ele permanecia nesta quinta-feira, dia sete, em uma unidade semi-intensiva, sem previsão de alta, com visitas restritas somente aos familiares.
            Além de inspirar cuidados médicos, a detecção da pneumonia prolongará ainda mais a internação de Bolsonaro, por no mínimo mais sete dias, devido ao aumento de antibióticos, conforme disse à Folha o cirurgião Antonio Luiz Macedo.
             Inicialmente, a equipe responsável  pela operação estimava alta após dez dias, completados na quarta-feira. Outros imprevistos já haviam estendido a internação. Agora, na hipótese mais otimista, ele completará  18 dias de hospital.
              Nas primeiras 48 horas depois da cirurgia, a Presidência ficou a cargo do vice, general   Hamilton Mourão, mas depois Bolsonaro voltou ao posto, com despachos no hospital .
              O presidente foi submetido a uma cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal e retirada de uma bolsa de colostomia em 28 de janeiro - a terceira por que passou após ser alvo de tentativa de assassinato, a facada de Adélio Bispo, em setembro de 2018, durante ato de campanha  em Juiz de Fora, Minas Gerais.
               O boletim médico divulgado nesta quinta-feira reza que Bolsonaro havia apresentado na noite anterior um "episódio isolado de febre sem outras sintomas associados" e que "submetido à tomografia  de tórax e abdòmen" foi evidenciada "boa evolução do quadro intestinal e imagem compatível com pneumonia".
                A detecção de pneumonia levou à ampliação do tratamento com antibióticos, iniciado no último domingo (3), quando ele teve febre pela primeira vez após a cirurgia.
                 O novo diagnóstico levou Bolsonaro a usar as redes sociais  para tranquilizar seus seguidores. Ele compartilhou  vídeo no qual seu porta-voz fala sobre a situação e escreveu "Cuidado com o sensacionalismo. Estamos muito tranquilos, bem e seguimos firmes."
                 O porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, disse que a febre do presidente foi em torno de 38 graus e que exames destacaram a hipótese de infecção viral.
                  "Os médicos acharam por bem acrescentar à antibioticoterapia um novo componente, uma nova droga, de forma que esse espectro possa ser ainda maior e têm a convicção de que essa ação vai debelar essa pneumonia encontrada no seu pulmão", disse.
                   De acordo com Rêgo Barros, o presidente se mostrou triste quando foi  detectada a pneumonia,mas recuperou em seguida o ânimo, dizendo que ele fez brincadeiras  com enfermeiros do hospital.
                   "O estado de ânimo do presidente é de alguém que está agarrado à sua cura." Ele acrescentou que Bolsonaro  expressou vontade de comer  bife com batata frita quando voltar a comer normalmente.
                     O porta-voz descartou haver preocupação dos médicos com a saúde do presidente. "Não me pareceu, segundo eu conversei com os médicos, uma alteração do nível  de preocupação. Eles são uma equipe extremamente experiente."
                     Rêgo Barros afirmou ainda que Bolsonaro está com dificuldades para dormir e que os médicos estudam auxiliá-lo na melhora da qualidade do sono, mas não especificou se ele será medicado.
                      O boletim informou que o presidente está "sem dor, com sonda nasogástrica, dreno no abdômen e recebendo líquidos por via oral em associação à nutrição parenteral".
                       Segundo o general, os médicos estão tratando paralelamente as recuperações da cirurgia em si e da pneumonia.
                        Ele disse que a descoberta da infecção não vai mudar, por exemplo, a reintrodução alimentar de Bolsonaro.
                         Desde a cirurgia, sua nutrição é feita  de forma endovenosa e nos últimos dois dias ele passou a ingerir também água. Pacientes neste caso têm reintrodução alimentar gradativa: inicialmente são ingeridos líquidos, depois passa para o estágio pastoso e, ao final, alimentos sólidos.
                           A alta médica costuma ocorrer só quando há evacuação  ao fim desse processo alimentar, o que mostra o funcionamento normal do intestino.
                            Além da primeira-dama, Michelle, os filhos Carlos Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro estiveram com o presidente nesta quinta-feira (dia sete). Por telefone, ele conversou com os ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da Economia, Paulo Guedes.


( Fonte: Folha de S. Paulo )             

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