quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Caminhoneiros apóiam Guaidó


                              
       Os principais sindicatos de caminhoneiros venezuelanos se associaram ontem em Caracas para dar apoio ao presidente interino Juan Guaidó.  Nesse sentido, eles prometeram buscar a ajuda humanitária enviada pelos Estados Unidos,  que está armazenada em Cucuta, na fronteira com a Colômbia.
        Segundo transpirou, mais de trezentos caminhões tentarão cruzar as fronteiras da Venezuela para recolher alimentos e remédios na Colômbia e no Brasil."Esperamos abrir a fronteira para colher alimentos, remédios e pneus", disse o sindicalista  Hugo Ocando. "Mais de 90% da categoria apóia a Oposição."
         Ontem, dia vinte de fevereiro, o presidente interino Guaidó detalhou parte do plano para convencer os militares a autorizar a entrada de ajuda no sábado, em estratégia  que abrange manifestações diante dos quartéis e mobilização de voluntários na fronteira.
           O chavismo reagiu com a proibição de partidas de embarcações  de todos os portos e ameaças de "resistir" a uma suposta invasão estrangeira.
            "Vamos nos concentrar nos quartéis pacificamente, mas de forma contundente", afirmou Guaidó durante reunião com caminhoneiros. "Iremos a cada um desses postos exigir ajuda humanitária."
              O presidente interino não esclareceu se viajará no sábado para alguns dos pontos de fronteira, dizendo apenas que estará "na rua". 
              Guaidó - que voltou a pedir que os militares rompam com Maduro - revelou outrossim que a ajuda deve entrar "por terra e por mar", esta última pelos portos de La Guaira e Puerto Cabello. Em resposta, o governo da Venezuela suspendeu as saídas de embarcações de todos os portos do país, até o próximo dia 24.
                Nesse sentido, documento de instrução militar informa a "suspensão das partidas de embarcações de todos os portos" por razões de suposta segurança,  mas tampouco explica o que acontecerá com as embarcações, assim como os navios, que estejam por atracar. Dá como razão para tais providências que "grupos do crime organizado" e "promotores de violência" planejam realizar "ações" que podem servir para "criar falsos positivos e culpar  o governo" e as  Forças Armadas.
                  A vice-presidente da Venezuela (e presidente da Constituinte chavista ) - e como se diz no sul, pau pra toda obra - Delcy Rodriguez anunciou que "O presidente Maduro instruíu o chanceler Jorge Arreaza, a colocar sob revisão as relações com Bonaire, Aruba e Curaçau (Antilhas holandesas). 
                     É patético que o governo Maduro se empenhe em dificultar a entrada da ajuda no país. Nas palavras de Luis Vicente León, do Datanálisis  "o que o governo está  tentando fazer é minimizar o impacto (da ajuda humanitária). De alguma forma, a ajuda vai chegar."  Oxalá.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

Nenhum comentário: