segunda-feira, 6 de novembro de 2017

FHC apóia o desembarque do PSDB

                        
                                           
         Segundo noticia o Estado, não caíu nada bem com o Presidente Michel Temer o artigo em que Fernando Henrique pede ao PSDB que 'desembarque' do governo.
         Em tal sentido, Temer atribuíu ontem as ações de FHC  apenas a interesses eleitorais, com o objetivo de derrotar o PMDB na disputa de 2018.
         Nesse contexto, e em conversas reservadas,  o Presidente Temer não escondeu a mágoa com Fernando Henrique e interpretou-lhe a manifestação no sentido de que esteja pressionando correligionários para que o PSDB deixe o primeiro escalão em dezembro, quando o partido renovará a direção.
          Temer se reuniu ontem,  no Palácio do Jaburu, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) de retorno de sua viagem  a Terra Santa, e com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil),  Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Antonio Imbassahy (Governo), além dos deputados Aguinaldo Ribeiro  (PP-PB) e Baleia Rossi  (PMDB-SP).
           A discussão girou em torno da chamada "agenda positiva" que o Governo quer aprovar na Câmara, nos próximos dias, como o pacote de segurança pública e as medidas de ajuste fiscal. Para tanto, porém, precisa do apoio dos tucanos.
             Até agora, o pilar de sustentação de Temer no PSDB  é o Senador Aécio Neves (MG),  que está licenciado do comando do partido. Foi por esse motivo, alvitra Vera Rosa,  do Estadão, que o Presidente ajudou Aécio na busca de votos para salvar o próprio mandato no Senado. Com efeito, se dependesse do Senador Tasso Jereissati (CE), que é o presidente interino do PSDB,  os tucanos já teriam devolvido os quatro ministérios que comanda.
                Dentro desse contexto, e do choque intrapartidário das duas correntes tucanas - uma a favor e a outra contra o governo Temer - caiu como uma bomba no seio tucano o artigo de FHC, publicado pelo Estado de S. Paulo, sob o título Hora de Decidir, afirma o ex-presidente que o PSDB pode apresentar "algum nome competitivo" em 2018, "mas precisa passar a limpo o passado recente". Abraçando a tese da corrente que encabeça  Tasso Jereissati (CE), por ora presidente interino do PSDB.  Dessarte, para FHC "ou o PSDB desembarca do governo na convenção de dezembro e reafirma que continuará votando pelas reformas ou sua confusão com o peemedebismo dominante o tornará coadjuvante na briga sucessória."      
                     Dada a crescente animosidade nas fileiras partidárias tucanas - e essa contraposição se tem verificado em vários cenários, o que pode levar a um racha no PSDB, e na consequente diminuição do  respectivo peso na luta que ora parece acirrar-se.


( Fonte:  O Estado de S. Paulo )

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