sábado, 18 de novembro de 2017

O Pais da gastança

                                  

       Vejo presidentes lutando para equilibrar receitas e despesas do Estado, mas por vezes a liberalidade demonstrada pela atual legislação provoca estupefação.
        Primo,  parece oportuna uma comparação com a Superpotência.  Ao terminar o seu mandato - o normal é o presidente, como foi o caso de Obama ter um duplo mandato, e ao cabo de duas eleições,  o tempo do seu poder pleno é de oito anos. Para tanto, como ocorreu com Barack Obama, ele precisa reeleger-se para um segundo mandato, igualmente de quatro anos.
          Secondo, com um presidente ruim e incompetente, como é Donald Trump, o mais provável é que o seu tempo total seja de quatro anos.  Se as coisas seguirem como estão - com um Special Counsil como Robert Mueller III a investigá-lo - e a bagunça que Trump vem aprontando o mais provável - se lograr ser candidato à reeleição - é que o atual presidente vire presidente de um só mandato (como o Senador Mitch McConnell gostaria que Obama virasse..).
             Mas para retomar o tema.  Quando cessam as funções do presidente americano - na prática, se aposenta - ele tem direito a ter acompanhamento do Serviço Secreto (para a sua necessária proteção) e recebe informações bastante reduzidas em termos de segurança.
             Espantou-me ver de o que Dilma Rousseff dispõe em termos de assessoria.  Todo o ex-presidente da república tem o direito de manter, à custa dos cofres públicos, uma equipe de assessores e seguranças, bem como os deslocamentos dessa equipe no país e no estrangeiro.
              No primeiro semestre deste ano, com viagens à Suiça, França, Estados Unidos, Espanha, Itália, Argentina e México - a que agora se soma a visita a Berlin - a equipe de Dilma já havia custado ao Tesouro Nacional mais de meio milhão de reais.  Note-se que isto é o triplo de o que gastaram juntos os outros ex-chefes de governo.
                Questionada  a propósito,  a assessoria da ex-Presidenta in-formou que "nenhuma pressão fará com que a presidenta eleita Dilma Rousseff deixe de viajar, interrompa as denúncias sobre o Golpe de Estado (sic) ocorrido em 2016, e as perversas e nefastas consequências que se abatem sobre a população brasileira."
                   Se em seu país Dilma tem o caradurismo de sustentar essa versão deturpada da realidade nacional, não há de surpreender que ela propague escandalosas mentiras no exterior para um público que acompanha - quando acompanha - à distância os acontecimentos no Brasil.
                   Na verdade, que o Estado brasileiro continue pagando as viagens de dona Dilma, juntamente com os seus assessores,  ao estrangeiro, é um incrível despautério - sem correspondente em qualquer outro país (a começar pela Superpotência estadunidense), além de ser uma gastança tão inútil quanto burra.  Não creio que nas Constituições democráticas passadas o Brasil custeasse essas mini-cortes  de ex-soberanos.
                     O Brasil, na verdade, é a terra de desperdício. Se alguma dúvida persistisse, as sandices e mentiras de dona Dilma estão aí para mostrar quão mal  Pindorama cuida do dinheiro do contribuinte...


( Fonte:  O  Estado  de S. Paulo )

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