sábado, 4 de novembro de 2017

Colcha de Retalhos E 44

                                   


A Turquia de Erdogan ataca os curdos                


          O tirano Recip Erdogan envia o seu exército  contra os curdos. Os que têm a infelicidade de habitar a Turquia não lhes dá salvaguarda o fato de terem um partido acreditado junto ao Parlamento desse país.
           Como se sabe, se na prática  a campanha contra o E.I. dá indicações de que se ache em fase próxima da terminal, o governo de Âncara já julgaria oportuno  investir contra o território ao norte do Iraque, em que por longo tempo os curdos se instalaram e no qual acreditavam ter a base para um futuro Curdistão.
          Embora nada tenha a ver com a instalação continuada do povo curdo no Norte do Iraque,  Erdogan achou oportuno investir ai também contra os curdos.  O mais irônico desse tema é que, enquanto os curdos foram úteis na luta contra o Exército Islâmico, nem a Turquia, nem o Iraque viam qualquer problema em que o povo curdo fosse deixado em paz no norte iraquiano.

         Afastado aquele perigo e decerto mancomunados com Bagdá, os turcos ora atacam o embrião do Curdistão. Os curdos - que são bons e valorosos soldados - tem sido muito utilizados por Washington em empresas nas quais o Império careça de forças determinadas e confiáveis - em suma, soldados corajosos e bastante úteis, como costuma ser a etnia curda.
   
         Seria interessante que Washington disso se lembrasse quando desejam alguns outros apunhalarem pelas costas o povo curdo, a única etnia  no Médio Oriente até  hoje desprovida de solo pátrio.

           Afinal, os curdos não são só carne para canhão, e merecem igualmente disporem, após essa longa caminhada, de   solo pátrio como tantos outros, que não mostram tão válidos soldados como a etnia curda.



Entrada de Imigrantes na Europa cai pela metade         


           Dado o afluxo anterior, se não é para comemorar, será pelo menos para anotar que no período de janeiro a novembro do corrente ano e em comparação a igual período de 2016,  houve abrupta queda no ingresso de refugiados na rota incerta e perigosa do Mar Mediterrâneo.

           Dessarte, por primeira vez em quatro anos, o total de refugiados nessas ínvias rotas mediterrâneas não atingiu duzentos mil  pessoas, consoante a Organização Internacional para as Migrações (OIM). Em 2017, os migrantes montam a 150.982,  e há grande diferença com os totais do ano anterior de 335.158 em 2016.

           Para que tal redução haja ocorrido, a razão mais provável está no pacto migratório firmado pela  União Européia e a Turquia.



(Fonte: O  Estado de S. Paulo )

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