quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Que direitos humanos para Maduro e seu bando?



          A par do cinismo e da corrupção do regime de Nicolás Maduro,  a repressão na Venezuela nada tem de original.  Como de sólito, ela atua  para sufocar a oposição, e tudo faz para 'dissuadir' e, portanto, frear as manifestações de rua.
           Para tanto, o torpe regime de Maduro alterna vários modos, inclusive o de disseminar o medo - ao pensar que se torna  mais forte   aplicando cega e indiscriminada violência sob a direção da imprevisível perversidade.
           Dentro dessa vetusta tática do terror, não há nada de novo, a par do acréscimo da incrementada tortura, e o viés do imprevisível  na repressão.
            Mas a besta acuada pode ficar ainda mais perigosa, e as suas reações crescem na relação direta da respectiva incapacidade de reativar a economia, i.e., os meios de afastar a crise generalizada. Aí está, e não é de hoje, o apelo aos chamados 'coletivos', vale dizer,  armar a mala vita, dentro da conscientização de que esses inimigos da coletividade são pela própria natureza seus amigos...
            Como, porém, reativar a economia, se a corrupção é besta que devora os recursos que um regime não-bandido colocaria em empresas e fundos rentáveis? Não é por feitiço dos inimigos da pátria que as prateleiras de farmácias e supermercados estão vazias. A corrupção é besta incontrolável e tudo costuma devorar.  Por isso, não sobram meios para realimentar a economia e torná-la de novos autossustentável. Além disso, a via do mal é artéria de mão única, que restringe e, até mesmo sufoca, a economia, pela falta de recursos e a ação das pressões econômicas dos governos que se propõem adentrar pelo caminho da esperança, vale dizer, sufocar a besta do regime Maduro, a que a própria corrupção sinaliza a inelutável perdição.
               A adoção da violência - que passa a ser letal - é a resposta tresloucada do regime Maduro, que deseja evitar a irrefragável condenação das manifestações de rua - que ameaçam viralizar-se nas cidades e nos grandes centros da Venezuela. Quanto mais cruel a repressão, maior é o ódio que provoca no Povo venezuelano, que vê um bando cínico e corrupto  apoderar-se da violência do Estado policial, para através do morticínio indiscriminado tentar intimidar os manifestantes que, malgrado conscientes da podridão do regime Maduro, e, por conseguinte, de sua falta de escrúpulos, e por isso razão mais alta se alevanta, eis que, não obstante o compreensível receio,  decide embrenhar nas ínvias manifestações públicas, que podem trazer mais baixas nas fileiras desses soldados da república e da democracia.
                  Quanto mais se acentue a rejeição que o Povo lhe vota, o regime réprobo do ignorantão e corrupto Nicolás Maduro mais e mais se adentra nas areias movediças de sua inglória luta contra a Nação Venezuelana.
                 Uma minoria, capitaneada por bandidos como Nicolás Maduro, Diosdado Cabello, e todas as ratazanas que proliferam no convés quando os porões do transatlântico começam a fazer água, não há de fazer recuar o Povo, assim como aquele Exército livre do suborno e da praga do narcotráfico, para afinal cortar o falso nó górdio da repressão e da vil tática do medo.
                    Até hoje, por mais que a união dos tiranos e de sua súcia de corruptos se empenhe em empolgar o poder em quantas terras possa dominar, a experiência mostra da força de Democracia e Liberdade. A intimidação é faca de dois gumes, eis que leva a situações em que não há outra saída senão de estentórico não à corrupção, e a todos os males que dela decorrem, porque, por mais grosso tentem os tiranos falar e intimidar o Povo,  a Liberdade há de repontar, eis que o mal leva consigo o veneno homicida que acabará por vitimá-lo, na estéril charneca  que costuma criar. Dessarte, sem dar-se conta, ele não concede outra opção ao Povo senão o levante geral e o ataque contra o Palácio do Tirano corrupto, que à medida que passem as horas e os dias fica mais isolado, enquanto os ventos da solidão que lhe antecedem a invasão e o que mais possa esperar quem se acreditava Senhor dos Exércitos,  e dentro em pouco não será mais que  tirano, a esperar o próprio inexorável destino, como aos demais transfugas que pensavam integrar a triste quadrilha, que, cercada pelo Nada, aguarda nervosa e impotente a visita iminente do Povo Soberano da Venezuela.
                       É estranho paradoxo este que torna tão temível regime como o do infame Maduro, quando na verdade ele é a minoria da minoria. Se o Povo se conscientiza da própria indômita força, não são apenas os dias da ditadura de Maduro que estão contados. É a Liberdade que, ao cabo, começa a raiar por toda a parte, enquanto vão caindo, um a um, os fortins da repressão.
                      E eis que a fértil, generosa terra da Venezuela volta ao Povo Soberano, e não à canalha da falsa constituinte de Delcy Rodriguez e do lugar-tenente do moribundo chavismo, Diosdado Cabello, assim como de Nicolás Maduro e da própria malta, que mancha o nome imortal do Libertador da América hispânica.



( Fonte:  O Estado de S. Paulo )

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