No
mínimo farsesca a reação de Nicolás Maduro à ameaça do Presidente Donald Trump
de adotar uma eventual "opção
militar" para a crise na Venezuela.
Além de
determinar às Forças Armadas 'um
exercício cívico-militar de defesa integral da Pátria', acrescentou o mandatário: "O povo está decidido a
enfrentar o ódio racista dos Estados Unidos. Go home!"
Por
sua vez, com a covarde tática habitual de fazer a oposição pagar por reações da
opinião pública internacional , e em
especial a americana, o ditador acrescentou que "ele pediu à Assembleia
Nacional Constituinte - que é o seu instrumento para a implantação plena da
ditadura no país - que investigue um suposto "elo da oposição"
venezuelana com a declaração do Presidente americano.
Maduro não se pejou de ligar a ameaça americana "ao fracasso dos
protestos da oposição contra seu governo", que deixaram 125 mortos no
país abril último. E ainda por cima
aditou: que os opositores que não criticaram a fala de Trump, podem ser julgados ... por traição.
É
muito cinismo desse ditador de fancaria que ousa atribuir o "fracasso dos
protestos da oposição contra seu governo" como se fora que as mortes em praça pública representassem o recibo da prevalência de um governo
corrupto e odiado pela esmagadora
maioria da gente venezuelana.
As
vítimas do carrasco usurpador não morreram em vão. A brava gente venezuelana -
que vota com os pés, seja emigrando para a Colômbia ou o Brasil, seja
enfrentando os covardes assassinos dos coletivos
estipendiados pelo Tirano, seja negando-se a comparecer às habituais farsas
eleitorais - sabe que a História será sempre o próprio apoio, e que a pontualidade
do castigo pode tardar com a eventual mudança dos ventos, e as rápidas saídas
de cena.
Por ora, a escolha ainda está nas mãos do
Ditador. Na calada da noite, quem sabe?,
partirá sem deixar saudades. Não
será decerto o primeiro - nem o último!
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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