Respostas de Temer
(ações da PGR, votação na Câmara)
Na entrevista que concedeu ao
Estadão, e assinalado que conseguira derrubar na Câmara a denúncia de corrupção
passiva, lhe foi perguntado da possibilidade de que Rodrigo Janot apresente
novas acusações: "Tenho muito orgulho do que fizemos nestes 14 meses.
Agora, o que me prende ao cargo é muito mais a defesa da minha reputação moral.
A denúncia é pífia, inepta.Se vier uma nova, vamos enfrentá-la. Eu me sinto
muito constrangido, porque tentam imputar-me uma pecha de corruptor, de alguém
que está violando os limites da lei, quando não sei bem quem é que está violando
os limites da lei. Eu não sou".
Ainda batendo na tecla de inquérito, desta vez do quadrilhão do
PMDB: "Respondo com uma pergunta. Sabe quando o procurador fez isso,
embora esse processo esteja correndo há três anos? Às vésperas da votação do
Congresso, o que está a significar que, na verdade, ele passou a ter uma
atuação muito mais de natureza política, e quase pessoal, do tipo 'quero ver
qual é o time que ganha', e não a sua função institucional.Não se trata de
disputas pessoais. Nem ele deve ter disputa pessoal com o presidente da
República, muito menos eu terei com ele.Jamais lhe daria essa
satisfação.Lamento é que ele, a todo momento, anuncia que vai fazer uma nova
denúncia, baseada nos mesmos fatos. É um gestual político, institucionalmente
condenável."
Mais adiante, às jornalistas do
Estadão respondeu o Presidente Temer no que tange à popularidade de Dilma, na
época do impeachment (7%) e os 5% que ele tem agora, como conseguirá ele
governar sendo tão impopular?: "É que há diferença entre a impopularidade
daquela época e a desta. Acredito que a minha impopularidade (...) decorre das
reformas que estou fazendo. Portanto, o reconhecimento virá depois. Vejam um
caso impressionante como esse, de
autorização para processar o presidente da República. Vocês estiveram na frente
do Congresso? Fotografaram na frente do Congresso? Vocês estiveram na época do
impeachment? Fotografaram na época do impeachment? (com tom de voz mais
elevado). A notícia que tenho é que agora tinha três pessoas lá na frente, duas
saíram, e daí ficou uma só. Sem graça, foi embora."
Perguntado sobre as mudanças em PGR, PF e
STF, se darão novo rumo para a Lava Jato, o Presidente Temer respondeu:
"Darão o rumo correto à Lava Jato. Ninguém nunca pretendeu destruir a Lava
Jato. Eu não ouvi o depoimento de nenhum agente público que dissesse vamos
paralisar a Lava Jato, ninguém. Muito menos de ministros do Supremo ou membros
da procuradoria, ou membros do governo. Ninguém disse isso."
E, por fim, perguntado "E qual
é o rumo certo?" respondeu:" O rumo certo é o cumprimento da lei.
Rigorosamente o cumprimento da lei. Não há como descumprir a lei sob pena de
criar instabilidade social."
(2) Respostas de Temer
( reformas da Previdência, política e tributária)
Perguntado sobre as três reformas,
o Presidente notadamente afirmou:
(A reforma da
Previdência) não é a única do meu governo. Acho que as três reformas (da
Previdência, a política, e a tributária) devem caminhar juntas. A política deve
ser aprovada até o final de setembro para poder valer para a próxima eleição.
Também prioritária é a simplificação tributária. E ao mesmo tempo, a
Previdência. São três prioridades.
Inquirido sobre as prioridades a
serem escolhidas, para o semestre legislativo, respondeu o Presidente:
"Escolho as três. Elas são importantes igualmente. (...) Acho que o que
vai caminhar muito celeremente é a da Previdência e a política, por causa do
prazo que mencionei.
Qual é a reforma possível agora? Acho
que é a idade e a quebra dos privilégios. A questão de igualar a previdência
privada com a pública é fundamental.
E a Selic vai chegar (em 2017) a
7,5% com muita possibilidade.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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