A divida pública ultrapassou o
equivalente a 80% da renda nacional (de acordo com o cálculo do FMI). Mesmo se pautarmos o crescimento da dívida
por parâmetros do governo brasileiro, a dívida está em
73% do Produto Interno Bruto.
De
qualquer forma, trata-se de um patamar demasiado alto, e que destoa entre as
grandes economias emergentes. Apenas o Brasil apresenta trajetória explosiva de
endividamento do Governo, e esse processo não será interrompido antes de 2022.
Para deter a escalada do
endividamento, será indispensável
destinar ao pagamento de juros parcela expressiva da receita da União. Verifica-se, assim, que a dívida
corroi as possibilidades de emprego da receita da União.
Como se assinala hoje, a despesas com
os juros atualmente beiram os 7% do Produto Interno Bruto. Para que se tenha idéia, o dispêndio com a
dívida é mais de o que se aplica em educação no Brasil.
A inchação da dívida - que é
consequência da fraqueza dos órgãos
diretivos, de um lado, e da irresponsabilidade do Congresso, de outro - tende a
apequenar a aplicação dos fundos da arrecadação, que se tornam insuficientes para atender às
despesas correntes, como pessoal,
custeio administrativo e programas sociais, para não falar de redução brutal de
meios para atender obras públicas.
Viver atado por uma dívida desse porte
é enveredar pela mediocridade de objetivos (tudo é difícil na dívida, eis que se está sob o império da escassez). A dívida sufoca um país e o condena a ser escravo de
suas despesas, que se tornam cada vez menos úteis. Não é metáfora dizer que o endividamento, quanto maior, mais há de
sufocar o próprio povo.
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