No Palácio Legislativo, o parlamento - dominado pela Oposição -
coabita com a constituinte chavista, "eleita" pelos falsos oito milhões de votos
e que, em tese, segundo o seu magno criador, o ditador in fieri Nicolás Maduro, não tem peias ao respectivo poder absoluto.
Nessa Constituinte-lumpen,
não há oposição, dado o nível de seus integrantes, a que preside a notória
Delcy Rodriguez.
Em espaço contíguo, reúne-se outro
órgão, que tem a respeitabilidade do sufrágio da Nação (pela qual humilhou a
empáfia dos Maduro e dos Diosdado Cabello).
Sem embargo, é coexistência carregada
de tensão. O Parlamento, em que a Oposição reúne larga maioria, tem a
legitimidade do sufrágio do Povo, mas não dispõe do poder que sai dos canos dos
fuzis.
Ao invés, a Constituinte-lumpen de Maduro tem a teórica onipotência que lhe é
delegada pelo Ditador, mas não tem representatividade, e por isso, por mais que
troneje disso e daquilo não leva consigo o peso e o respeito que a sacralidade
do voto confere.
Será conhecida como a Constituinte
dos oito milhões de votos, tão etéreos e verazes quanto o seu real peso na
sociedade venezuelana.
Pode parecer até reedição
sul-americana das Câmaras populares da
Cortina de Ferro, com as bombásticas declarações de sua presidenta Delcy
Rodriguez, que age como se tivesse poder, mas não passa, em realidade, de outra
ficção de Maduro, cuja auto-estima pode enganar a muitos, por tronejar amiúde,
mas a sua ridícula desimportância está escrita por toda a parte, e como tal,
essas verdades os anões-deputados as regurgitam no próprio diálogo com a
realidade dos respectivos travesseiros...
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