segunda-feira, 14 de agosto de 2017

O estranho êxito do míssil intercontinental

                  

        E não é que nossa muito conhecida Ucrânia tem boa parte das respostas que explicam o surpreendente feito do míssil de Kim Jong-un?
        Segundo desconstruída pelos X-9 e os expertos em mísseis do Ocidente, a tal proeza missilística da Coréia do Norte teve muito mais a ver com a inesperada ajuda por baixo do pano. E vem de usina localizada perto de Dnipro, na Ucrânia, em território que gospodin Putin vem tentando arrancar dessa antiga república soviética.
         É a Yuzhmash, que sem encomendas do vizinho patrão russo, atravessa tempos difíceis desde que o corrupto presidente Viktor Yanukovych, fiel aliado do Kremlin, foi derrubado  em 22 de fevereiro de 2014. Quando mandava Yanukovych não faltaram ordens do governo russo para que a Yuzhmash produzisse motores de míssil, mas dentre os males que caíram sobre a Ucrânia após a expulsão do presidente aliado de Putin - e não foram poucos, como a perda da Criméa, e a fajuta revolução no leste do país, com lutas dos separatistas com armas fornecidas por babuchka Putin (que até hoje persistem) o demonstram, a própria Yuzhmash estaria em maus lençóis.
          Mas a empresa, especialista na construção de motores para grandes mísseis intercontinentais, pode ter abocanhado tal inesperada oportunidade, e assim se explicaria, porque do dia para a noite o grande Kim Jong-un resolveria o probleminha do grande míssil, indispensável para assustar a Superpotência...
           Assim, segundo a análise detalhada dos investigadores das Nações Unidas, na segunda investida, seis anos depois do intento de furtar segredos missilísticos do complexo ucraniano, Pyongyang teria tido êxito.
            Parece inegável que houve cochilo dos muitos países que monitoram a Coréia do Norte, o que levou a um pesado e agourento fracasso do sistema de controle missilístico de Pyongyang.
            E a "descoberta" de Kim Jong-un do foguete Hwasong-14, que espantou o Ocidente cobrindo distância para ameaçar o Alaska, na verdade, mal encobria o que acontecera. Por "cortesia" da fábrica ucraniana surgiu como possível substituto o RD-250.
             Como temiam os expertos na matéria, a exemplo de Michael Elleman, especialista em mísseis  do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos,  os tais saltos tecnológicos da Coréia do Norte não existiram. O que houve foi quase certamente a apropriação indébita de  míssil fabricado na Ucrânia pela empresa Yuzhmash, usina estatal que atravessa tempos difíceis...  


( Fonte: The New York Times )

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