Não estranha que a chamada Constituinte
de Maduro seja objeto de louvaminhas
por representantes petistas. É sensível a sensação desses senhores e senhoras,
uma das quais tem contas a prestar
na Justiça, que poderíamos assemelhar a esfomeados contemplando belas iguarias através das vidraças, choramingando
pelo maldito impeachment da honesta Dilma Rousseff e contemplando
através da vidraça o inferno de Maduro que, se acreditarmos nas palavras desses
senhores e sobretudo senhoras, são bons governantes, mui queridos dos
governados.
A última de Maduro foi a ampla e
vergonhosa fraude no número dos votantes para a sua particular Constituinte,
que não passa de truque sujo, imundo mesmo, deste exemplar da segunda
geração chavista, que só permanece no poder abraçado no despudor (em
fugir do recall) e agora nas
espantosas mentiras, que envergonhariam o próprio Barão de Munchhausen,
quanto ao verdadeiro número de eleitores que compareceram ao pleito.
Depois que as autoridades (?) eleitorais
venezuelanas estimaram em 8,1 milhões o número de votantes (cerca de 41,43% da
população), a oposição nos fala de 12%...
Para que se tenha ideia do nível
ético dos representantes do Poder de Maduro - e de sua indigência em termos de
respeito à verdade, a empresa Smartmatic,
responsável pelo processo de votação da Assembleia Constituinte, assevera que
os números de eleitores foram manipulados
pelo regime de Nicolás Maduro. Tal despudorado desrespeito à verdade só
tem similar com regime árabe norte-africano, que chegava a preanunciar que
tal e tal partido (de oposição) teria trinta por cento dos votos...
Em comunicado, a empresa afirmou: o
sistema automatizado empregado na
Venezuela "é desenhado para que, em caso de manipulação, sua
detecção seja imediata e de muito fácil identificação". Ainda segundo a Smartmatic "uma auditoria
permitiria conhecer a cifra exata de participação. Estimamos que a diferença
entre a quantidade anunciada e a que aponta o sistema é de pelo menos um milhão
de eleitores."
O baixo comparecimento de
eleitores só corrobora a desconfiança e o repúdio do Povo Venezuelano contra essa
ulterior farsa do neo-chavismo de Nicolás Maduro. O comparecimento foi tão baixo, que pesa sobremaneira
para demonstrar a falsidade dessa invenção de Maduro, a que ele pretende dar a
função de uma super-Câmara destinada a capar a Assembleia Legislativa, em que a
oposição é maioria.
A impopularidade do regime e
notadamente do corrupto e incompetente Nicolás Maduro, constituem ulterior
ultraje à democracia na Venezuela.
Não estranha, portanto, que
egressos do Poder petista, escorraçados pelo Povo, vejam com os longos olhos de
incontida inveja a maravilha de ver um regime corrupto continuar a controlar a
cúpula de governo tão capenga e condenado pelo conjunto do Povo Venezuelano...
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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