O
Ministro Gilmar Mendes, do Supremo, concedera habeas corpus para libertar os empresários Jacob
Barata Filho e a Lélis Teixeira,
ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Rio (Fetranspor),
mas em outra ação, o juiz Marcelo Bretas, que cuida da Lava-Jato no Rio de Janeiro, tornou a
determinar-lhes a respectiva prisão.
Responsável pela Operação Ponto
Final, que prendera Barata e Teixeira
no início de julho, o juiz Bretas já determinara que os dois investigados fossem
presos preven-tivamente, mas só expediu os mandados na noite de ontem.
Assinale-se que o ministro Gilmar Mendes e sua esposa, Guiomar Mendes,
foram padrinhos de casamento da filha de Jacob Barata Filho com sobrinho de
Guiomar.
Segundo a assessoria de imprensa do Ministro Gilmar, o casamento em tela
"não durou nem seis meses" e, por conseguinte, o Ministro do Supremo
não sentiu necessidade de se declarar suspeito
para julgar a causa. Como se explica, pelas regras de suspeição um juiz
não pode atuar em processo por motivo de foro íntimo - que poderia ser, v.g., por amizade ou inimizade em
relação a uma das partes envolvidas.
Sucessor de Jacob Barata, o "Rei
dos Ônibus", Jacob Barata Filho
é suspeito de ser um administradores de esquema que teria pago cerca de R$ 500 milhões em propina em troca
de vantagens a empresas de transportes. Sendo o M.P.F., tal esquema seria
ramificação da suposta organização criminosa liderada pelo ex-governador Sérgio
Cabral, destinatário de R$144 milhões.
Ao todo, 24
pessoas viraram réus a partir das investigações da Ponto Final, entre elas o ex-governador Cabral, Barata e
Teixeira. Os denunciados
respondem por crimes como
corrupção, lavagem de dinheiro, crimes
contra o sistema financeiro e participação em organização criminosa. Segundo se assinala, O Globo não conseguiu
contato com as defesas de Jacob Barata Filho e Lélis Teixeira.
(Fonte:
O Globo)
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