Pode ser sintoma de
novos tempos, mas em verdade me parece
pouco ter a ver com comportamento global, e sim ser reflexo de laxidão
generalizada no Brasil hodierno, que por sua vez é parente muito próximo no que
tange à abstenção de qualquer providência para coibir essas agressões e
depredações sistemáticas da coisa pública.
O direito de protestar é decerto característica
intrínseca da democracia. O que nada tem a ver com espírito democrático é a
desavergonhada instrumentalização do cívico direito do protesto. Que tem a ver o próprio nacional com o que um
grupo de baderneiros pensa a respeito da situação hodierna?
Absolutamente nada. A manifestação,
seja qual for o próprio fim, deve ser pacífica e ordeira. Não será destruindo
patrimônio público nacional e municipal, em Brasília, além de bens privados de
cidadãos, que a demonstração de desagrado de um grupo determinado será mais relevante
para os respectivos objetivos.
Na realidade, ao passar para o
vandalismo e a depredação de bens públicos e privados, os indivíduos que
participam da 'manifestação' estão abrindo um outro dossier, este policial e patrimonial. Saem do livrinho da
Constituição e adentram maçudos manuais de direito penal.
Houve ontem em Brasília outra
exibição vandálica, com violência dos seus integrantes, ateando fogo no que
estava à sua frente (inclusive carro particular) e o quebra-quebra de bens
públicos.
Aqui a autoridade tem que ter muito
presente que ao descer para a arruaça e o quebra-quebra, os baderneiros
literalmente saem dos artigos da Constituição Federal, e invadem a seara da
polícia, com os prejuizos e danos
infligidos a bens públicos, e por conseguinte de todos, e também a automóveis,
que no caso são bens privados, e, portanto, tampouco suscetíveis de serem
objeto das quase maquinais práticas na sua destruição boçal. Elas nada
acrescentam à manifestação, a não ser o necessário repúdio da cidadania por
tais ações de indivíduos que, ao fazerem esses estragos, saem totalmente do
abrigo constitucional aos demonstrantes pacíficos, e viram arruaceiros e
criminosos comuns.
Deve-se coibir esse desvirtuamento
do direito político de protestar, que aqui ingressa na baderna e na depredação do
patrimônio público e alheio (também nessa mesma linha, energúmenos picharam o
Museu da República e invadiram secretarias de estado).
Os organizadores desta desordem são
maus estudantes,
sob a 'organização' da Central Sindical Petista CUT, o MST e agitadores que, pelas entidades sindicais citadas,
são membros do PT e de seu partido subalterno PCdoB.
Como tais indivíduos, ao entrarem
na seara do direito penal abandonam a guarida constitucional da manifestação
ordeira e respeitosa do patrimônio nacional, a Segurança Pública deve levá-los
para a Papuda, para que disponham de tempo para meditarem entre a diferença
entre o público e o privado, de uma parte, e da necessidade urgente de serem
inteirados que manifestações nada têm a ver com destruição de patrimônio, sem
falar de danos pessoais a particulares. Ao agirem da forma praticada, tais jovens devem esquecer
qualquer veleidade de valer-se dos guarda-chuvas das manifestações
ordeiras. Para quem promove baderna e
dilapida a cousa pública, quem sabe uma boa estada na cadeia ajudará a entender
melhor que manifestação de protesto não tem nada a ver com arruaça, bagunça e danos
ao patrimônio da Nação.
(Fonte:OGlobo) )
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