Como persiste o movimento no Congresso
de anistia ao chamado Caixa Dois -
que se trata de ajuda eleitoral que não era declarada à Receita Federal - o Presidente Michel Temer, e os dois
presidentes no Ramo Legislativo, com vistas a abafar a crise do caso Geddel,
i.e., Rodrigo Maia, da Câmara dos Deputados, e Renan Calheiros, do Senado
Federal, darão entrevista conjunta com o escopo precípuo de negar qualquer
apoio a projeto que dê anistia ao crime de Caixa Dois.
O escopo precípuo dessa manifestação
conjunta do Poder Executivo e do Poder Legislativo é o de mostrar que os dois
Poderes estão unidos e que, por conseguinte, haverá esforço para aprovar
projetos que envidam retirar o país da atual crise financeira.
A declaração em apreço, adotada em um
dia de domingo, normalmente reservado ao descanso, visa a enfatizar o empenho
tanto presidencial, quanto das lideranças legislativas, no sentido de que se
aprovem projetos que visem a retirar o país da crise financeira. Assinale-se
que o Ministro Geddel Vieira Lima era o principal responsável pela articulação
política no Congresso.
Como não funcionou a tentativa de
blindagem do Ministro Geddel, em face das acusações do ex-Ministro Calero, da
Cultura, essa declaração conjunta de Temer,
Maia e Renan ora visa a desfazer quaisquer dúvidas que subsistam no
mercado.
Há também no Congresso a disposição
de votar proposta de punição para magistrados e procuradores, como defende, sob
a bandeira da isonomia, boa parte dos partidos.
Não faz nenhum sentido que a
corrupção de magistrados e procuradores só possa ser punida com a
aposentadoria, ao contrário dos demais servidores do Estado. O PDT já dispõe de
emenda pronta para incluir tal previsão de punição (aplicável também a
magistrados e procuradores ) no projeto que está prestes a ser votado em
plenário.
( Fonte: O Globo )
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