domingo, 27 de novembro de 2016

Ainda a travessia do CRVG...

                              
        Somente agora, depois da expectativa da última rodada da série B, em que, por circunstâncias fora de meu controle, não pude assistir em direto o jogo no Maracanã entre o Vasco da Gama e o Ceará (que começou mal e acabou bem), é que logrei inteirar-me da reação da torcida no que tange tanto ao CRVG, mas sobretudo quanto ao Sr. Eurico Miranda, reação essa a que me associo de muito bom grado.
         Provocou não só revolta, mas também indignação, o virtual abandono a que foi consignada a equipe cruz-maltina, de parte da direção do clube da Colina, e, em especial, do senhor Eurico Miranda.
          Que uma equipe com a torcida e as tradições do Vasco da Gama venha a ser forçada, dentro de período relativamente curto, a cair por três vezes na Segundona, criou mais do que revolta, indignação, dessa torcida generosa e empenhada.
          Tudo isso se refletiu na partida de ontem, começada de forma desastrosa, como se o Ceará fosse a equipe da casa, e não a visitante, e que toda aquela gente que acorrera ao velho Maraca estivesse ali por acaso.
           Recordo-me muito bem da primeira vez em que o Vasco teve de padecer na Segunda Divisão. Ao invés desta feita, a partida final, se foi igualmente no Maracanã, podia ter a faixa de campeão (por antecipação) do torneio da Série B, e nesta faixa já se registrava a denúncia da torcida contra o indefectível Eurico Miranda.
            Desta vez, as coisas foram ainda piores. O Vasco não adentrou o gramado nem como campeão da série B desta vez (quem  ganhou esse título foi outro time), e sobretudo sem a garantia de que sairia da Segundona.
            Ao final, por uma série feliz de outros resultados: o Noroeste, rubro-negro paulista escapou bem de uma queda na Terceira Divisão, vencendo com facilidade o Náutico no Recife, e com isso tirou deste último a capacidade de disputar a entrada na Série A;  assim como, o Vasco, graças a Tales, viraria o jogo, vencendo por dois a um.
             A grandes males, os pequenos remédios não bastam. A revolta, tanto da equipe vascaína, quanto da torcida, não poderia ser  exorcizada pela vitória a duras penas contra o Ceará.
             Por isso, jogadores e a massa vascaína já estão fartos com esse eterno ir e vir. Quem vê hoje a atuação do Vasco, lutando para conseguir ser incluído no último lugar do quarteto a ser promovido para a Série A, não pode senão ficar revoltado com a queda na produção da equipe da Colina de São Januário, de tantas tradições, tradições essas que cada vez mais se afastam do dia-a-dia do clube.


( Fonte: O  Globo )

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