Somente agora, depois
da expectativa da última rodada da série B, em que, por circunstâncias fora de
meu controle, não pude assistir em direto
o jogo no Maracanã entre o Vasco da Gama e o Ceará (que começou mal e acabou
bem), é que logrei inteirar-me da reação da torcida no que tange tanto ao CRVG,
mas sobretudo quanto ao Sr. Eurico Miranda, reação essa a que me associo de
muito bom grado.
Provocou não só revolta, mas também
indignação, o virtual abandono a que foi consignada a equipe cruz-maltina, de
parte da direção do clube da Colina, e, em especial, do senhor Eurico Miranda.
Que uma equipe com a torcida e as
tradições do Vasco da Gama venha a ser forçada, dentro de período relativamente
curto, a cair por três vezes na Segundona,
criou mais do que revolta, indignação, dessa torcida generosa e empenhada.
Tudo isso se refletiu na partida de
ontem, começada de forma desastrosa, como se o Ceará fosse a equipe da casa, e
não a visitante, e que toda aquela gente que acorrera ao velho Maraca estivesse
ali por acaso.
Recordo-me muito bem da primeira vez
em que o Vasco teve de padecer na Segunda Divisão. Ao invés desta feita, a
partida final, se foi igualmente no Maracanã, podia ter a faixa de campeão (por
antecipação) do torneio da Série B, e nesta faixa já se registrava a denúncia
da torcida contra o indefectível Eurico Miranda.
Desta vez, as coisas foram ainda
piores. O Vasco não adentrou o gramado nem como campeão da série B desta vez
(quem ganhou esse título foi outro
time), e sobretudo sem a garantia de que sairia da Segundona.
Ao final, por uma série feliz de
outros resultados: o Noroeste, rubro-negro paulista escapou bem de uma queda na
Terceira Divisão, vencendo com facilidade o Náutico no Recife, e com isso tirou
deste último a capacidade de disputar a entrada na Série A; assim como, o Vasco, graças a Tales, viraria o
jogo, vencendo por dois a um.
A grandes males, os pequenos
remédios não bastam. A revolta, tanto da equipe vascaína, quanto da torcida,
não poderia ser exorcizada pela vitória
a duras penas contra o Ceará.
Por isso, jogadores e a massa
vascaína já estão fartos com esse eterno ir e vir. Quem vê hoje a atuação do
Vasco, lutando para conseguir ser incluído no último lugar do quarteto a ser
promovido para a Série A, não pode senão ficar revoltado com a queda na
produção da equipe da Colina de São Januário, de tantas tradições, tradições
essas que cada vez mais se afastam do dia-a-dia do clube.
( Fonte: O Globo )
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