sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Presidência Republicana?

                             

        Gastão, aquele personagem do Henfil que, com ele desapareceu, deveria andar por essas bandas, pois o nível está baixando por demais, e muito além da Taprobana.
         Vejam, ilustres passageiros, do bonde Brasil, como as coisas chegaram no atual governo pós-impeachment!
          Ora, os senhores ministros vão armados de petrechos policiais para as audiências com o Presidente? Se o nível de confiança - e de respeito - está nesses baixios, o caso seria de perguntar: que governo é esse, minha gente, em que excelências não têm sequer respeito pelo chefe do Governo?
           Ou, como foi este quem escolheu aqueles, como é que ficamos? Pois as coisas podem ir em rumo tal que providências drásticas carecem de ser tomadas.
            Se estamos nesses páramos - ou se neles despencamos - um mínimo de respeito deve ser restabelecido. Se o nível é este, no entanto, ao diabo a hipocrisia!
             Se não há confiança do auxiliar para com o chefe, o nível policial deve ser restaurado!
              No meu entendimento, audiência presidencial não é oportunidade para gravar inconfidências do chefe! Não se está tratando com o il capo di tutti i capi[1], na siciliana linguagem daquela velha sociedade, mas com a autoridade máxima da República. Se se age como a máfia, as coisas andam mal em Pindorama, porque desde que me entendo por gente me dizem que o respeito vem de cima e tudo condiciona!
             Agora, que me relevem, pois devo estar assaz desatualizado. No meu pobre entender, é a autoridade do Chefe - que ali não está por acaso - que deve fazer-se respeitar, e isto começa na hora de escolher a própria equipe...

(Fontes: O Globo, Folha de S. Paulo )



[1] o chefe de todos os chefes

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