Como a reportagem do New York Times vem mostrando, a
campanha da candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton se vê, nesta reta
final, flanqueada por amigos e
celebridades.
Por sua
vez, o candidato republicano, Donald J. Trump é cuidadosamente evitado pelas
grandes figuras do GOP. E tal ocorre mesmo na presente eventualidade, em que
paradoxalmente cresce a popularidade do bilionário nova-iorquino. Os figurões
republicanos, por motivos vários, lhe evitam a companhia, mormente nos estados
imprevisíveis (swing states), em que a
sua paradoxal má-fama possa vir a prejudicá-los.
Entrementes,
grandes figuras do Partido Democrata não hesitam em dar força à candidata do
seu partido, seja acompanhando-a em grandes eventos, seja fazendo campanha em
seu nome.
Senão,
vejamos. Na sexta-feira, Hillary fez campanha em Pittsburgh e Detroit, ladeada
pelo bilionário Mark Cuban, e mais tarde, em um concerto, em Cleveland, com Jay
Z e Beyoncé.
Seus auxiliares
tampouco foram de pequena monta: o Presidente Obama fez comício na Carolina do
Norte, e seu marido, o ex-Presidente
Bill Clinton, a representou no estado de Colorado.
Ainda
que o comparecimento aos seus comícios seja grande - o que já é surpresa - o
Partido Republicano não se fez representar pelas suas grandes personalidades,
que se afastam de Mr Trump, como o diabo da cruz. O bilionário hoteleiro, na
sua campanha, tem feito uma espécie de tostão contra o milhão, como fora a
tônica de um conhecido demagogo no Brasil.
E não é
por acaso, ou desorganização que as grandes figuras não dão as caras, enquanto
do republicano se trate. Por exemplo, em New Hampshire, não apareceram para apoiá-lo tanto a Senadora
Kelly Ayotte, que tenta a reeleição, quanto o candidato a governador, Chris
Sununu, que se cingiu a fazer-se representar pelo seu genitor, John H.
Sununu, que compareceu com uma piada
grosseira sobre o casal Clinton.
Já os
ajudantes de Hillary - e o
foram de nomeada, como o Presidente Barack Obama, enviados para os principais
estados, aqueles que decidem o pleito.
Assim o Presidente Obama encareceu
aos votantes que sufragassem Hillary em Fayetteville, North Carolina (um dos
swing states - os chamados estados
imprevisíveis que costumam decidir os pleitos) ainda antes do fim da
votação antecipada, que vai até hoje, sábado, cinco de novembro.
Nessa ocasião, o Presidente leu uma carta de Grace Bell Hardison, uma
centenária natural da Carolina do Norte, a que funcionários republicanos haviam
tentado desqualificar como votante... Barack Obama, além de fornecer o endereço
do próximo posto de votação, ainda interveio, pedindo calma, quando um
energúmeno apoiador de Trump, agitando uma bandeirola, foi retirado do local,
em Fayetteville.
Se
alongaria demasiado este blog com os tropeços e as perdas de apoio do candidato
republicano, o duro golpe aplicado no governador Chris Christie por haver
preparado incrível engarrafamento monstro na Ponte George Washington (que
liga o estado dormitório de New Jersey com Nova York). Dois dos associados de Christie foram
condenados pela Justiça. Com essa notícia de última hora, o chefe da campanha
da Senhora Clinton, John D. Podesta, disse
aos repórteres que Mr Trump "deveria começar a esvaziar o seu próprio
pântano, assim como solicitar a Mr
Christie renunciar como chefe do seu gabinete de transição".
Por
fim, o Speaker da Câmara de Representantes, Paul D. Ryan, apoia Trump, mas se
escusou de fazer campanha por ele. Tampouco
mencionou Trump o ambicioso Senador pelo Texas, Ted Cruz.
Se há muito posturing - gestos vazios - na campanha republicana, forçoso será
admitir que cerca o contendor Donald Trump embaraçante e embaraçoso silêncio, de parte das grandes figuras do GOP.
Quiçá
o único mistério que resta a ser determinado é o da atitude de alguns correspondentes
de jornais brasileiros, que teimam em levantar a bandeira de Mr Donald Trump
por sabe-se lá que motivos...
( Fonte: The New York Times )
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