A Alerj não está nem aí
*
Como aquele personagem que não está nem aí, a Alerj age se não tivesse deveres de solidariedade com situação de
penúria do Estado do Rio de Janeiro. O próprio presidente da dita Assembléia,
depois de aceitar o projeto do Governador Pezão para sair da crise, age de
forma como se a penúria estadual não lhe dissesse respeito. O presidente da
dita Alerj, diante das primeiras resistências da Assembléia e das categorias
terá esquecido as promessas de solidariedade transmitidas ao Governador.
Além de continuar com os próprios
gastos - como se vivesse esquizofrênicamente em outra realidade - um
levantamento feito por O Globo mostra
que a Assembléia estadual tem muita gordura para cortar em tempos de crise: a
festeira Alerj agendou 88
coqueteis nos próprios salões em um ano,
fez licitação para comprar remédios, contratou ambulância de UTI 24 horas, além
de cursos de inglês e espanhol para
deputados e servidores. Sem falar, na dinheirama gasta em combustíveis para a
frota de carros.
Censura na TV Justiça
* Avança
na Câmara de Deputados, projeto de lei
que proíbe a transmissão de julgamentos de ações penais. Suas
Excelências, com o horário que todos conhecemos, estão acaso pensando que podem
censurar o trabalho do Supremo, em suas
ações penais? Esse projeto mais parece de regime autoritário, e indica por
outro lado consciência pesada com o que o Povo brasileiro possa saber dos
trabalhos dos Ministros do Supremo.
A transmissão da Ação Penal Pública 470
- a do Mensalão - foi um grande momento da democracia no Brasil. Esse projetinho
rescende à ditadura, e mostra que o seu autor deve estar chegando de uma longa
viagem, pois dá sinais de que é de todo
ignorante da realidade política atual. Acabou
a censura, a qualquer título.
* Outra da Câmara. De acordo com a seção jurídica da Câmara de
Deputados, o atual Presidente, que postula a reeleição, não poderia se
candidatar a novo mandato, em fevereiro de 2017.
Segundo consta, há um aspecto
arcano que impediria a Rodrigo Maia (DEM-RJ) candidatar-se em fevereiro.
No entanto, há opiniões em
contrário. O Ministro do Supremo, Luis Roberto Barroso, deu, enquanto simples
advogado, em 2008, parecer favorável. Segundo Barroso, é legal a reeleição de
congressistas com mandatos temporários na Mesa Diretora da Câmara de Deputados.
Como se recorda, o Deputado
Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi eleito, em catorze de julho, para o cargo após a
renúncia de Eduardo Cunha, que foi preso pela Lava-Jato, e hoje se encontra em
Curitiba, sendo interrogado pelo Juiz Sérgio Moro.
( Fontes: O
Globo, Folha de S. Paulo )
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