A dengue ainda ataca
- e como não o faria, dada a falta de saneamento básico? - mas agora surge mais
uma doença séria carregada pelo conhecido Aedes
aegypti, esse mosquito malhado de preto e branco, que é o vetor maldito de
tantas doenças tropicais.
Esses países tropicais podem ser cantados
em prosa e verso, mas pela falta de saneamento básico que tristemente
os caracteriza proporcionam no verão
preocupante incidência de doenças.
Veja-se, por exemplo, a incidência no
Estado do Rio: em 2015, 105 registros de
chicungunha no estado, sem mortes. Já em 2016, passou o refresco: 15.149
comunicados até dezesseis de novembro corrente. Um senhor crescimento: 14 mil
%! E dez pacientes morreram.
É enfermidade da incúria e, sobretudo,
do subdesenvolvimento. Por isso, a maior parte
dos óbitos ocorreu no Nordeste:
Pernambuco, 54; Paraíba, 31; e Rio Grande do Norte, 19.
Se tivéssemos governantes sérios e
responsáveis - eles decerto existem, mas são a exceção! - as campanhas seriam
mais amplas e mais didáticas, pois é fundamental a conscientização (que precede
os trabalhos de luta contra a difusão da doença, vale dizer do tal mosquitinho
botafoguense), se houvesse menos demagogia e mais empenho dos governantes, que
devem ser, eles também, patrulhados, para que a gente pobre acorde!
Vejam o quadro da chicungunha: pelo
menos 30% dos pacientes podem involuir
para a fase crônica, em que as dores nas articulações duram mais de três meses. E há casos em que as
dores articulares permanecem por até um ano. Já os pacientes com mais de
quarenta anos, do sexo feminino, e com
doenças prévias em articulações estão mais expostos a tal risco.
Lembram-se que no tempo de JK a
dengue fora declarada extinta no Brasil? Depois ela voltou, dizem que pelo
Norte. Com a negligência acoplada com a estupidez de alguns dos luminares
eleitos, nada foi feito de efetivo (um que ainda anda por aí chegou a pedir que
se rezasse para que o Aedes voasse para o mar...), as epidemias de dengue se
foram agravando, com a entrada em cena da dengue hemorrágica. Hoje, a lista de serviço desse coveiro em
potencial que é o Aedes aegypti (que gosta mesmo é de poças d'água, de muitos
vasinhos com flores, senão até de sujeira e lixo jogado para o lado do vizinho
- olhem que o Aedes não respeita cercas, nem muros altos...)
Vejam a estória carioca! Não é que o aedes,
essa praga da sujeira, da falta de higiene e da ignorância, está muito feliz em Pindorama? Depois da
dengue, ele tem progredido, com
outras doenças ainda mais sérias, piores até que a dengue hemorrágica. O aedes, esse mosquitinho do diabo,
agradece sempre a cooperação que recebe não só dos governos - sobretudo os
locais! - mas de todos que, mais por ignorância do que burrice, lhe abrem o
caminho, com todo o sofrimento que essa grande empresa chamada Aedes
aegypti tem proporcionado a tanta gente no Brasil, com o zika
(transformando os bebês em mortos vivos, porque não têm mais cérebro), essa
chicungunha (com a sua doença reumática das articulações), sem falar na velha
dengue que, se descurada, leva o paciente para a terrinha dos pé-juntos...
( Fontes: O Globo, e vivências estivas em terra carioca.)
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