sábado, 12 de novembro de 2016

Fragorosa derrota do Brasil na OMC

                         
                   
                  Juízes da Organização Mundial do Comércio aceitaram argumentos de Japão e Europa, e condenaram a política industrial brasileira.
                   Em consequência, a OMC exigiu que sete programas de incentivos fiscais e redução do Imposto sobre o Produto Industrializado (IPI), adotados durante o período dos governos Lula da Silva e Dilma Rousseff, sejam abandonados ou completamente reformados. 
                   Diante disso, o Governo brasileiro através de sua Delegação informou que vai recorrer da decisão, o que deve acontecer a partir de fevereiro próximo futuro.
                   Análise preliminar do caso aponta que, na tentativa de aliviar a indústria nacional de um sistema tributário notoriamente pesado, o Governo criou novos benefícios. O problema é que esses  incentivos são proibidos e, se não forem retirados, a economia brasileira como um todo vai ser retaliada por japoneses e europeus, dois dos principais destinos  das exportações brasileiras.
                    Segundo o Estadão verificou, o Brasil foi derrotado em todos os sete programas questionados por japoneses e europeus, algo raro nas disputas na entidade. "A derrota (do Brasil) foi de 100%", admitiu um advogado ligado à pendência.
                    O principal foco da questão foi o Inovar Auto, mecanismo que garantiu redução de impostos para as montadoras com fábricas instaladas no Brasil. Japão e União Européia se queixaram  que o programa era ilegal ao reduzir o IPI para certos modelos produzidos com um determinado número de peças nacionais. A OMC aceitou tal argumento e condenou os incentivos dados às montadoras. 
                    É de notar-se que tal programa automotivo existe desde setembro de 2011, quando o governo estabeleceu a isenção de IPI para carros de montadoras que se comprometiam a investir no país e comprassem peças locais. Em 2012, o plano foi renovado por mais cinco anos, o que irritou bastante aos países que participaram da ação na esfera da OMC.
                    Esta foi a maior derrota sofrida pelo Brasil, em função da insistência dos governos de Lula da Silva e Dilma  Rousseff, e do menosprezo pelo governo petista das recomendações da Secretaria de Estado competente na questão, i.e. o Itamaraty.
                    Assinale-se, a tal propósito, que o Itamaraty já alertara o Governo Dilma que as medidas em tela eram ilegais e que, se porventura viessem a ser questionadas na OMC, o Brasil seria derrotado.
                     Na época, o Ministério do Desenvolvimento, a Fazenda e o Ministério do Planejamento decidiram ir em frente com os planos, alegando que, mesmo  condenados, o caso  poderia se arrastar  por anos. Ainda segundo tal argumentação, despojada de qualquer fundamentação técnica,  enquanto essa situação perdurasse, a indústria nacional seria favorecida.
                      É de notar-se que a Presidenta (como Dilma gostava de ser chamada) não era sutil nas suas ordens, e dado o seu pouco conhecimento na matéria, além da ainda menor inclinação a ouvir o Itamaraty - ministério que sofreria bastante no seu Governo, com drásticas reduções nas respectivas dotações, além de atrasos pontuais na destinação de verbas exigidas pelas diversas agências internacionais - o resultado não poderia ser outro, dada a calamitosa gestão de Dilma Rousseff.
                     Essa falta de responsabilidade estaria bem inserida no processo das causas que determinaram o histórico processo de impeachment, uma vez iniciado pela ação movida pelos três signatários, que foi aceito pela Presidência da Câmara dos Deputados: Hélio Bicudo, petista histórico, que deixara o Partido dos Trabalhadores, enojado pelo escândalo do Mensalão, que estourou no final do primeiro mandato de Lula da SilvaDra. Janaína Paschoal;  e Prof. Miguel Reale Júnior.

( Fontes:   Incentivos do Brasil são condenados pela OMC, Estado de S. Paulo;   Jamil Chade ).

                              

Nenhum comentário: