Em novo desenvolvimento da ofensiva
contra o Exército Islâmico, agora se lançam na direção de Raqqa, a "capital"
do Exército Islâmico, aonde reside o "califa" al-Baghdaadi, as
forças árabo-curdas. Já com a progressão contra Mosul - que ameaça o contingente do Isli ali entrincheirado - ora a coalizão sob liderança americana avança nesta segunda-feira, dia sete de novembro, no primeiro
ataque frontal terrestre das forças aliadas contra a até então indisturbada (por
ataques terrestres) Raqqa, considerada a capital e principal centro do Daesh (nome árabe do E.I.).
Partindo da região norte da Síria, as
forças acima avançaram cerca de doze km a partir da localidade de Saluk (80 km
ao norte de Raqqa). Essa progressão se realizou a despeito de forte
resistência. A porta-voz da ofensiva, Jihan Sheikh Ahmad, declarou à AFP
"conseguimos apreender armas" do E.I. "e matamos muitos de seus
combatentes."
Outros combatentes contrários à facção
terrorista também avançam a partir de Ayn Issa, a 50km ao norte de Raqqa.
A operação "Revolta do
Eufrates" mobiliza cerca de trinta mil soldados das Forças Democráticas da
Síria, que é uma aliança anti-E.I., dominada pelos curdos, com participação de árabes e turcos.
Todo esse contingente se
beneficia do apoio concedida pela coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, através da presença de
dezenas de conselheiros militares.
O contingente conta, também, com o apoio de aviões americanos, franceses e britânicos, que além de bombardeios
tópicos, colaboram na destruição de
veículos suspeitos e de posições militares do E.I.
A tal propósito, o Secretário
americano da Defesa, Ashton Carter, enfatizou que, como em Mosul, tampouco a
batalha contra Raqqa será fácil, tendo as forças aliadas árduo trabalho pela frente..
Se Moscou se mantém na retaguarda -
o que não é o caso no seu apoio às forças de Bashar al-Assad no norte da Síria,
notadamente nos criminosos bombardeios de Aleppo - por sua vez Ancara deseja participar da
recuperação de Raqqa, que se localiza a cem km da fronteira com a Turquia.
Se um porta-voz da SDS, Sello
Talal, declarou que o seu grupo havia
concordado com os EUA sobre o fato de que "não haverá nenhum papel turco", na ofensiva, poucas horas depois Washington
fez saber estar "em estreito contato" com Ancara.
( Fonte: Folha de S. Paulo )
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