Já é fato estabelecido que Hillary
Clinton venceu a Donald Trump na contagem númerica geral. Ainda não foi
estabelecido o eventual total dessa vitória na
votação popular.
No entanto, em três estados -
Wisconsin, Pennsylvania e Michigan - a calculada vantagem numérica poderia refletir-se nos totais dos estados
respectivos. Se tal corresponder à realidade, essa tríade estadual deveria ter
os votos eleitorais computados não mais em favor do candidato republicano e sim
da democrata.
Ainda
é cedo para determinar se procede tal premissa.
De qualquer forma, a extrema parcimônia em termos de vantagens numéricas
dos totais obtidos por Trump constituem estimulos importantes para determinar
quem realmente ganhou nessas unidades federativas. E o resultado do colégio eleitoral poderia, nesse caso, ser
outro que o atualmente reputado como vencedor.
O approach
da coalizão democrata será
eventualmente o seguinte: de início,a equipe do Partido Democrata se unirá às turmas
do terceiro partido em Wisconsin para apoiar a recontagem geral e averiguar quem foi o verdadeiro ganhador neste
Estado. Se for determinado que Hillary
Clinton é a verdadeira vencedora naquele estado nortista, se passará
a recontar a votação dos dois outros Estados (Pennsylvania e Michigan), para
verificar se ela procede com os totais já publicados (e que deram a vitória a
Trump), ou se o cômputo refeito favorece à candidata Hillary.
Há outro aspecto importante que tem
contribuído para aumentar a preocupação do estado-maior democrata. Trata-se da
alegada penetração através da internet,
dos hackers, notadamente russos
(embora não se limitem a esta nacionalidade) para tentar subverter os totais na contagem dos sufrágios.
Dada a simpatia de Donald Trump pelo
presidente russo, Vladimir Putin, e a participação de outros agentes na
internet como o Wiki-Leak, inclusive
com a tentativa de gerar confusão na apuração, não se pode excluir que os
esforços do campo estrangeiro que favoreceria o republicano tenham realmente
ido muito além daquilo que ostensivamente foi publicado, em termos de penetração
nas mensagens digitais - inclusive em diálogo interno - do
campo democrata. Somente uma análise mais ampla e abrangente poderia chegar a conclusões
quanto a uma eventual interferência ainda
mais radical, que se relacionaria com os respectivos cômputos eleitorais, que hoje permanecem meras -
mas sérias - suposições e hipóteses de trabalho. É preciso rasgar não essa cortina de ferro, mas sim esses véus cibernéticos, que podem estar intentando vender à sociedade literalmente gato por lebre.
Não é momento de subestimar a capacidade de penetração dos hackers, e, por consequência, a condição de atingir resultados, que normalmente não são sequer pensados por quem está habituado a atuar dentro de parâmetros analógicos...
( Fonte: The New York
Times )
A
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