terça-feira, 22 de novembro de 2016

Peripécias clínicas e judiciais de Garotinho

                    

       O ex-governador Anthony Garotinho (PR) se recusou  a exame por equipe do Grupo de Apoio Técnico Especializado (GATE) do M.P., enviada a mando do juiz eleitoral Glaucenir Silva de Oliveira, da 100ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes, para avaliar seu estado de saúde.
        Ao decidir pela perícia do MP, o juiz alegou que o médico de Garotinho, o cardiologista  Marcial Raul Navarrete, aparenta 'falta de idoneidade' e, por isso, determinou o exame do ex-governador por um "profissional isento".
         Ao verificar documentação fornecida pelos médicos, o MP constatou que Garotinho chegou ao hospital com 60% de obstrução na artéria coronária direita, o que motivou a angioplastia e a colocação de um stent. Ontem seu quadro era estável, segundo o Quinta d'Or, e com boa evolução. O ex-governador está na Unidade Cardiointensiva, da qual poderá ter alta hoje, segundo o médico particular (o hospital não confirma a previsão), e passar a cumprir prisão domiciliar.
          Garotinho foi preso na quarta-feira, alvo da Operação Chequinho, da Polícia Federal. O  cumprimento da prisão domiciliar foi decidido pela ministra Luciana Lóssio, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
           Anteontem, o programa Fantástico, da TV Globo, divulgou conversas  em que Garotinho orienta seu advogado a procurar a Ministra para falar em seu nome sobre um habeas corpus preventivo.
           Ontem, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) cobrou apuração imediata do vazamento à imprensa das gravações.
         Por fim, a decisão de Luciana Lóssio, máxime pelo seu caráter sui generis, deve ser levada para análise do plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda nesta semana.


( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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