Entre as visitas ao presidente-eleito,
a proeminente foi a de Mitt-Romney, o candidato derrotado por Barack Obama em
2012, e que durante a campanha o
qualificara como uma 'fraude' e 'um falso'.
Saíu do encontro com Trump com o
sorriso habitual, e não ficou claro por ora se Trump o convidou para Secretário
de Estado. Se o fizesse, seria uma jogada hábil, para contrabalançar (e
eventualmente controlar) os linhas-dura indicados na véspera. De qualquer
forma, a presença de políticos mais confiáveis, como Mitt, contribuíu para
clarear um pouco a atmosfera, bastante turva no dia anterior, com as estranhas
'descobertas' de Trump do dia precedente.
Em política, se nem tudo é possível,
será certo que quase tudo o é, e os pratos mais amargos são provados com rosto
prazeroso, se tal semelhar necessário seja para o oferente, seja para o
ofertado, ou até mesmo para os dois.
Se este é o caso, e se Romney concordar em
trabalhar sob as ordens de Trump, os pratos mais indigestos serão o
relacionamento com 'o amigo' Vladimir
Putin e o livre-comércio.
De qualquer forma, especulações à
parte, não se sabe se o presidente-eleito o sondou para Secretário de Estado,
ou se o candidato que falou sob os ouvidos eletrônicos do bartender da quase metade que vivia às custas do estado democrata,
fez algum aceno se porventura aceitará.
De todo modo, a brutal surpresa do
triunfo eleitoral do candidato republicano havido até à véspera como perdedor
certo, ainda empresta um tom de certa irrealidade ao espetáculo ora produzido
pelo GOP, dando a muitos, sobretudo àqueles que deverão mais sofrer com essa
cruel virada - ainda mais quando Hillary venceu no voto popular - com se mais tudo parecesse fora cruel e intempestiva
brincadeira das divindades infernais.
( Fonte: The New York
Times )
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