Ganhos ilegais de prefeitos
Mais do que
triste, é inadmissível que prefeitos do interior de um Nordeste paupérrimo se
locupletem com salários em níveis estratosféricos, que chegam a superar os R$
30 mil para o próximo mandato.
A concessão de
tais vencimentos só pode ser explicada pela mistura da canalhice e da exploração
descarada de uma população em geral analfabeta e miserável.
O Globo, em
sua oportuna reportagem, identificou
cidades em pelo menos quatro estados (Sergipe, Ceará, Rio Grande do
Norte e Mato Grosso do Sul), cujas Câmaras Municipais estão dando
"reajustes" aos Prefeitos de
até 66% , fazendo com que os vencimentos superem os R$ 30 mil!
Para que tal descaramento
seja possível, deve-se imaginar o nível da população, que será na maioria
analfabeta, e sem qualquer conexão com a realidade brasileira.
Pois, por mais
descarada que seja a exploração da população local por esses indivíduos,
verdadeiros parasitas da corrupção desvairada, é difícil de imaginar que aí
prevaleçam condições que recordam a antiga Índia, em termos de disparidades
acintosas de renda.
É preciso que
os poderes estaduais dessas unidades federativas - se lhes resta vergonha na
cara - tomem providências severas para cortar com essa acintosa e deslavada
exploração do camponês pelas otoridades
municipais. Porque um salário desses, aprovado pelos edis reunidos, não sai do
nada. Ele pressupõe doses cavalares de conivência com essa corrupção explícita,
em que se explora cínica e afrontosamente comunidade miserável, que deveria
merecer melhor sorte.
As Isenções do Cabral
Os investimentos do Estado do
Rio de Janeiro em segurança, saúde, educação e assistência social, de 2009 a 2015 (período de Sérgio Cabral na
governança do Estado), ficaram muito aquém dos incentivos fiscais, de acordo
com o Tribunal de Contas e o Ministério Público estaduais.
Não foi por acaso que se maquinou
essa estranhíssima política de isenções com que as empresas deixassem de
recolher R$ 166,7 bilhões de ICMS aos cofres estaduais.
Nos quatro setores essenciais, os
gastos totalizaram R$ 117,7 bilhões. Segundo o Governo estadual, a renúncia
teria sido de R$ 46,5 bilhões.
Que ela foi altamente lesiva para os
cofres do Estado, não há a menor dúvida. Que as entidades corporativas
favorecidas venham com loas a esse tipo de política antifiscal (pelo descalabro
fiscal que determina) tampouco deve surpreender.
Essa matéria já foi de forma
bastante exaustiva analisada pelo blog, com o que contou com os trabalhos
acurados do Ministério Público estadual, que apontam o que o Estado deixou
estranhamente de ganhar, assim como a falta de contra-partidas para essa
estranhíssima anti-política fiscal.
Centenário do Samba
Comemora-se agora o
centenário do Samba, lançado nos fonógrafos da época com a composição Pelo Telefone, que é tratada no segundo
Caderno do jornal O Globo de hoje, e
na Ilustrada, da Folha de S.Paulo.
A história desse ritmo tão
brasileiro e carioca quanto o samba será contada pelo biógrafo de Getúlio
Vargas, Lira Neto, que deverá lançar o primeiro dos três volumes sobre a
aventura do ritmo, pela Companhia das Letras.
( Fontes: O Globo, Folha de S. Paulo )
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