sexta-feira, 18 de novembro de 2016

E o Paes, sumiu ?

                                      

          A crise partidária e econômica no Rio de Janeiro aguçou o apetite da Folha, que, diante da relativa pasmaceira são-paulina, viu na VelhaCap  pasta recheada de assuntos nem todos para menores de idade, mas de qualquer modo com promessas de coberturas  por vezes suculentas.
          Enquanto parte dos coleguinhas tenta investir contra Luiz Fernando Pezão, chega a ser comovente a vã insistência de alguns a tentar colocar também no Governador o rabinho de papel de corrupto. No entanto, eles têm um prato cheio com os demais ex-governadores, i.e., Sérgio Cabral e Anthony Garotinho, que, ou está no complexo de Bangu, ou internado em hospital, por liminar de Ministra do TSE.
           Dentre desse quadro patibular, à primeira vista pareceriam boas as chances de Eduardo Paes (PMDB). Depois  de derrotado ao tentar impingir ao eleitorado candidato sobre quem incidiam suspicácias de violência familiar,  o candidato evangélico Marcello Crivella não teve grande dificuldade de vencer o segundo turno sobre Marcello Freixo (PSol).
           E na imagem do jornalista Marco Aurélio Canônico, sem poder influenciar na sucessão de sua prefeitura, Eduardo Paes levou um soco que o levou à lona.
            O seu antigo protetor está na cadeia. A ele deve sobretudo a eleição pela primeira vez para o Rio, derrotando Fernando Gabeira em jogada pra lá de duvidosa do então governador Sérgio Cabral. Para o segundo turno, Gabeira fizera ótima campanha e era favorito para o segundo turno. O Governador, o amigão de Paes,  decretara ponto facultativo fajuto para o funcionalismo estadual, pois sabia que os funcionários estaduais, por odiarem Sérgio Cabral, votariam em massa no Gabeira. Embora de dúbia legalidade, Cabral apelou - Gabeira achou que não dava para impetrar recurso no TRE - e assim o Paes colheu a sua primeira eleição para a Prefeitura.
              Na análise do correspondente Canônico, avaliando as possibilidades do peripatético político E. Paes  - já passou por todos os grandes partidos no Rio - mesmo que a reforma política consiga passar e acabe com a farra dos partidecos (estão entre 35 e 41),  Paes não teria dificuldade de ter a sua visão no caminho de Damasco (na minha imagem, e para o caso dele, Bashar al-Assad ainda não passou por lá) e escolher o partido certo para vestir a nova (velha) camisa com a alegria de sempre.



( Fontes:  Folha de S. Paulo,  O  Globo )

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