* Quem mais se surpreendeu com a vitória desta madrugada, foi o
próprio Donald Trump. Antes de que a
realização da grande virada deixasse de ser sonho e se tornasse realidade - quando a Flórida aprontaria sponte sua a desmoralização das
pesquisas - o republicano veria como piada de mau gosto a anunciada surpresa.
* A indústria das pesquisas não foi incompetente. Apenas descurou do necessário trabalho, que não pode ser feito da forma em que foi realizado. Até o erro, mesmo o americano, tem limite. Por aqui, chamariam de chutes as calinadas grosseiras das supostas previsões.
* Hillary aguentou o tranco. Mostrou dignidade na própria atitude, a despeito da reviravolta que ninguém previra, nem mesmo nas suas mais alucinadas fantasias, como o candidato Trump mostrou para quem tem olhos para ver.
* A devoção de Bill Clinton a sua companheira não pode ser medida com expressões e palavras. Apenas as câmaras, como máquinas que são, podem desvelar o quão árduo lhe foi acompanhar a esposa nessa hora, logo a ele o presidente popular a que nada lograra derrubar, ao longo de dois mandatos eriçados de armadilhas republicanas.
* Os comentários chineses à distância seriam cômicos, se não refletissem a inanidade desses senhores, que com toda a sua força se submetem ao tremendo ridículo de prender em masmorra interiorana o Nobel da Paz, Liu Xiaobo e a sua pobre esposa, em cárcere privado. Encarcerariam também, se o magnífico Xi Jin-ping pudesse, o nobre francês do Ancien Régime, Charles de Montesquieu, que criou a teoria dos três poderes no Esprit des Lois.
* E para terminar, quantos meses dão para a amizade entre o Senhor de todas as Rússias, e o novo presidente americano, sob o desgaste das piratarias de gospodin Putin e os choques da política internacional - a menos que Mr Trump siga cegamente aos caprichos do Benito Mussolini da modernidade?
( Fontes: CNN, Der Neue Brockhaus )
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