sábado, 17 de fevereiro de 2018

Prigozhin, o cozinheiro de Putin


                    

        De origem humilde, Yevgeny Prigozhin tornou-se um dos homens mais ricos da Rússia. Segundo informa a matéria do New York Times, publicada pelo Estado de S. Paulo, Prigozhin faz parte de um clube restritíssimo, formado por personagens leais a gospodin Vladimir V. Putin. Com base na filiação a esse pequeno clube, Prigozhin recebeu contratos vantajosos do governo russo, em troca de serviços obscuros realizados para o Kremlin.
         Prigozhin, de 56 anos, é acusado de comandar uma entidade que financiou uma indústria de difamações online. Embora ele tudo negue, seus críticos, sem embargo, garantem que ele é uma espécie de faz-tudo de Putin, encarregado de missões como o recrutamento de mercenários para lutar na Ucrânia e na Síria.
         Segundo afirma Lyubov Sobol, da Fundação Anticorrupção, "Ele não tem medo do trabalho sujo". Sobol é membro da Fundação Anti-corrupção, organização criada pelo corajoso e popular líder da oposição russa, Alexei Navalni.
         A 'especialidade' de Prigozhin - difundir mentiras - é usada para atacar líderes da oposição e ampliar as divisões sociais no Ocidente. Quando montou sua agência de difamação on-line, em 2013, sua missão era inundar a mídia social com artigos e comentários que pintavam a Rússia de Putin como estável e confortável, em comparação com o Ocidente, caótico e corrupto.
          Nascido, em 1961, em Leningrado - hoje São Petersburgo - Prigozhin era um jovem campeão de eski, que trocou o esporte pela cadeia. Em 1981, ele foi condenado por roubo  e outros crimes. Após sair da prisão, nove anos depois, além de vender cachorro-quente, dirigiu uma rede de lojas de conveniência e foi dono de restaurante de luxo em São Petersburgo. Um dia, Putin apareceu em um deles, carregando líderes mundiais. Em seu restaurante, ele recebeu o francês Jacques Chirac, em 2001, e o americano George W. Bush, em 2002. Putin comemorou lá seu aniversário, em 2003.  Rapidamente, Prigozhin atraíu a atenção do presidente de todas as Rússias, e mudou de patamar. 

( Fonte:  O Estado de S. Paulo )

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