Sancionada ontem pelo Presidente da
Polônia, Andrzej Duda, a legislação torna crime acusar a Polônia de conivência
com os crimes cometidos pelos nazistas durante a ocupação do país na 2ª Guerra
Mundial. Está provocando compreensível revolta
na comunidade internacional, e, particularmente, em Israel, Estados Unidos e Ucrânia. Se, desde logo, é inteligível a reação de Israel e Estados Unidos, de um lado por representar o símbolo da
resistência do Povo Judeu, e de outro, do apoio dado à entidade
político-territorial dos herdeiros e sobreviventes desse magno ataque, semelha igualmente importante a reação da
Ucrânia que decorre, decerto, dos massacres sofridos por judeus, naquela antiga
república da União Soviética.
Desde
2015, a Polônia é governada por um partido de direita - Partido Lei e Justiça,
de que o atual Presidente, A. Duda, é o respectivo líder. A legenda assumiu o poder no auge da crise dos refugiados na União Europeia. Aboliu, no que lhe concernia, as cotas defendidas
pela Chanceler Merkel para abrigar imigrantes do Oriente Médio e do Norte da
Africa. A postura radical desse Partido tem
causado preocupação em Bruxelas, como a
nomeação de partidários da legenda à Suprema Corte. Tais medidas fizeram a U.E. punir a Polônia e
até ameaçar o seu direito de voto dentro do bloco.
Não se deve esquecer que mais de 3,2
milhões de judeus que eram habitantes da Polônia foram mortos pelos nazistas -
o que equivale a cerca de metade de
todos os judeus mortos no Holocausto.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário