A
Beija-Flor como que voltou aos tempos de Joãozinho Trinta, com a originalidade
e o capricho. Desta feita, ela conquista
seu 14º campeonato, sem o luxo, que compensou com a crítica as mazelas sociais
do país e, em particular, as do Rio de Janeiro.
Foram
cenas do incrível cotidiano do Rio de Janeiro, a antiga Cidade Maravilhosa, da
marchinha quase ingênua de André Filho,
hoje submetida às visões
traumáticas das pesadas mazelas sociais de Pindorama, e em especial às do Rio
de Janeiro, que, infelizmente, não é mais aquela da marchinha de André Filho.
A
Beija-Flor, de Nilópolis, mostrou cenas
do dia-a-dia carioca, como simulação de arrastões, morte de policiais (os PMs
tratados pelo Governador como galinhas).
A realidade, na verdade, se
encaixou na confissão do Governador
Pezão de que o estado "não estava
preparado " para garantir a segurança do evento.
Pezão chegou a falar em "perda de controle", por não ter
dimensionado o tamanho da festa. Ontem, mais uma criança foi atingida por bala
perdida em Jacarepaguá, e uma mulher foi agredida por quatro bandidos em
Ipanema, na rua Prudente de Morais, uma das principais artérias desse bairro.
Já à
noite, o acesso ao Túnel Santa Bárbara foi interditado, por temor de arrastão.
Se o
desfile das escolas na Marquês da Sapucaí, marcou o ponto alto do carnaval de
2018, muito do restante é uma teia de assalto e morte, com a violência mostrando
a carantonha horrenda, na gargalhada boçal da torpe bandidagem e nas muitas
ilusões de gente que veio para divertir-se, e descobriu que fariam a festa dos fora da lei.
(
Fonte: O
Globo )
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