domingo, 4 de fevereiro de 2018

A Guerra Secreta

                              

        O último filme de Steven Spielberg, produzido em 2017,  é sobre a luta do Washington Post, até então um jornal da capital, para a publicação dos chamados  Washington Papers, documentos secretos de quatro presidentes   (Truman, Eisenhower, Kennedy e Nixon) sobre o conflito no Viet-Nam, até então desconhecidos do Povo americano  e, entregues a Kathleen Graham, proprietária do jornal, que está em vias de capitalizar-se  através da venda de ações.  Ela decide afrontar o desafio de sua publicação,  apesar de serem secretos, com a política dos Estados Unidos para o seu ingresso na guerra do Vietnam.  A despeito da considerável pressão, Kathleen Graham (Meryl Streep) acaba por decidir pela sua publicação, apesar da oposição do Governo, presidido por Richard Nixon.
          Atende nisso também ao desejo do diretor do jornal Ben Bradlee, interpretado por Tom Hanks. A pressão é muito grande sobre a proprietária Kathleen,  mas ela apesar da enorme pressão das autoridades, resolve responder ao desafio, tornando nacional o Washington Post, e publicando os documentos secretos. Contestada  pela Administração Nixon, a questão é submetida à Suprema Corte, e a imprensa vence, em  votação de 6x3.  

            Spielberg dá à película um ritmo bastante forte, e o espectador  o acompanha em um suspense real, que na verdade corresponde à própria atmosfera em que os documentos foram selecionados, copiados  e afinal publicados pelo jornal, que, por primeira vez, se iguala ao seu grande rival da Costa Leste, The New York Times.O Washington Post assume o papel que têm até hoje, como grande jornal, com público nacional, deixando de ser o diário citadino, sem maior repercussão no âmbito federal, o que deve à coragem e ao tino empreendedor  de Kathleen Graham, e também à determinação e o sentido nacional de seu diretor editorial, Ben Bradlee, que através desse magno desafio enfrentam os redemoinhos de Scyllas e o rochedo de Charibdis de um grande diário de presença nacional. A partir dessa época, o Washington Post estará ao lado do New York Times nos grandes debates nacionais.  




Nenhum comentário: