terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

O Antiprefeito


                              

       Aproveitando, no seu linguajar, a 'folguinha' do Carnaval, o Prefeito Marcelo Crivella viajou no domingo, onze de fevereiro, em classe executiva,  para Frankfurt. Está acompanhado de três assessores.  Hoje, dia treze, vai para Viena, na Áustria. No dia catorze, vai para Estocolmo, pas-sando por Frankfurt.
        Crivella escreveu que está viajando para "conhecer a Agência Espacial Européia (ESA) e empresas que fornecem tecnologia de segurança''.  No texto da mensagem, ressaltou  que seu objetivo é reforçar, com tecnologia de ponta, o Centro de Operações Rio (COR),  "para cada vez mais, oferecer um serviço mais conectado e presente no dia a dia do carioca".
        Segundo assinala O Globo, esta é sexta viagem internacional de Crivella, desde que foi eleito para a prefeitura do Rio. A saber: ele já viajou para Holanda, Rússia, África da Sul, Israel e Estados Unidos.
        Como se vê, Sua Excelência viaja bastante. É estranho que ache o carnaval uma simples folguinha. A segurança no Carnaval, a que Sua Excelência está colateralmente interessado, por ser o período de maior afluxo turístico na cidade para a qual foi eleito, demonstrou para os que ficaram que "folguinha" não é exatamente o termo para a situação em que o Rio se encontra.  Quer queira, quer não, o carnaval é o maior evento turístico para a cidade à qual foi eleito Prefeito. Sua Excelência deveria prestigiar com sua presença o desfile das escolas de samba, que, se me permite, é o maior acontecimento dentro desse grande evento turístico.
          Talvez Sua Excelência tenha tempo, durante o traslado, de inteirar-se da crise na muy leal e heróica cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. As autoridades sediadas no Rio - o Governador e o Prefeito - deveriam conversar mais sobre segurança, que interessa aos dois diretamente.  Da maneira com que as coisas vão, o problema tem que ser enfrentado, como dizia o outro, de frente. Lembre-se, meu caro Prefeito,  que turista estrangeiro maltratado, furtado ou roubado não costuma voltar tão cedo ao lugar por onde passou momentos tão desagradáveis...

(Fonte:  O  Globo )

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