Iniciada em 15 de março de 2011, os sete anos de guerra, depois de diversas
mudanças na prevalência dos combates, ora se encaminham, no entender dos
analistas, para a 'vitória' do regime de Bashar al-Assad.
Depois de início favorável aos rebeldes -
muitos dos parentes próximos do Ditador abandonaram então a Síria - dois
eventos marcaram a mudança na tendência dos combates. O ditador
Bashar deve agradecer, de início, a si mesmo, por haver engolido o
próprio orgulho, e ido a Moscou pedir a gospodin
Putin
que se dignasse apoiá-lo mediante as concessões
de porto no Mediterrâneo oriental e de base aérea em terras orientais da
Síria, além de outras que Clio revelará a seu tempo.
O segundo evento foi a negativa de Barack Obama de apoiar o plano de Hillary Clinton, secundado por todas as
autoridades responsáveis pelos interesses americanos na área, de apoiar os rebeldes sírios. Obama rejeitou
e preferiu continuar apenas na Guerra do Afeganistão, que até hoje persiste.
Putin, que chegou tarde no conflito, ao
assentir ao pedido de Bashar, está em vias de coletar substanciais prêmios do
ditador alauíta. Além de sua presença reforçada no Mediterrâneo Oriental -
tenhamos presente a velha ambição russa de ter bases em águas quentes - ainda
lograra, com a queda de seu amigo Presidente Viktor Yanukovich, a 22 de fevereiro de 2014, o pretexto para
fomentar um levante nas províncias orientais da Ucrânia, e para abocanhar em
operação mal-disfarçada do Exército russo a península da Crimeia que fez
passar, ao arrepio do direito internacional, e com a vergonhosa conivência do
regime petista de Dilma Rousseff, para a respectiva anexação pela Rússia.
Ao ensejo dessa nua, deslavada
conquista, Barack Obama, em uma das poucas eficazes reações de seu governo,
golpeou nos bolsos dos cupinchas russos de Putin, além de outras sanções que
lograram incomodar bastante o Senhor do Kremlin.
Mas infelizmente, a Crimea até hoje integra o território russo.
Mas voltemos ao que interessa. A
recuperação da Síria, destruída em muitas cidades - inclusive Alepo - pelo
conflito, deverá levar tempo. Por ora, em função de terem sido os principais
aliados do campo vencedor, será o Irã, dos ayatollahs
(o credo alauíta é mais próximo da religião xiita, e não do tronco sunita, abraçado
pela maior parte do pova árabe).
Contudo, é bom ter presente que
mesmo essa guerra interminável obedece à lei do cômico Chacrinha: ela só acaba
quando termina...
(
Fontes: O Estado de S. Paulo, e demais leituras sobre a matéria.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário