quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Trump, o surfista arcaico


                              

       Antes da eleição, a associação de psicólogos americanos ou entidade equivalente, questionara o equilíbrio e a sanidade mental de Donald John Trump.
       Depois dessa sinalização de organismo que está capacitado a sinalizar os conceitos acima, pois se acham dentro de sua capacitação profissional, o que deveria suscitar estranheza não são as atitudes e as medidas tomadas pelo candidato eleito pelo voto indireto do Povo Americano, e não pela votação dessa mesma população,  segundo os critérios universais do cômputo numérico de cada americano. Consoante tal norma - que é seguida por todas as outras democracias do planeta - Donald Trump perdeu a eleição por cerca de três milhões de votos para Hillary Clinton!  
     Permitir que esse arcaísmo perdure até o presente, já constitui algo que contraria o bom senso. Tal sistema de aferição eleitoral se constituía um real avanço no tempo das diligências, quando não havia sequer linhas férreas conectando as várias povoações de o que surgiam como os Estados Unidos da América, será compreensível ... para tal época, com todas as dificuldades de comunicação existentes.
      No entanto, tolerar que um tal defasado sistema - que permite essas enormes injustiças, fazendo que não prevaleça o(a) candidato(a) que reúna o maior número de sufrágios - constitui manter em vida esquema eleitoral que era brilhante para o século XVIII, em um país de extensão continental como os Estados Unidos da América, mas que hoje em dia corre o risco de ser visto qual bizarrice, um capricho eleitoral tão danoso, quanto despropositado.  Tenha-se presente que esta contradição à regra básica da democracia - que se eleja o candidato com o maior número de votos - já não é por primeira vez que o século XX enseja tal aborto, pois em princípios deste século, Albert Gore foi derrotado e por duas vezes por George W. Bush, tanto na votação indireta - quando ganhou pelo voto da Suprema Corte, que por vez primeira - em autêntico escândalo jurídico - mandou encerrar a apuração na Flórida, o que produziria a maravilha de que o lesto protegido do Supremo surfasse para a presidência, enquanto passava pelo concorrente, zombando de sua inútil maioria no voto de toda a gente!
           Dizem isto e aquilo para tentar preservar esse aborto jurídico - que é a votação complementar pelos delegados de cada estado - legalmente escar-necendo dos inúteis sufrágios que construíam uma vã vitória, apesar de que a rejeitada reflita, na verdade,  a real maioria do Povo Americano.

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