A oposição venezuelana comunicou que
não vai participar das eleições presidenciais marcadas para 22 de abril por
considerá-las fraudulentas.
Horas depois, tentando evitar o
esvaziamento do pleito, Maduro 'reforçou' a proposta anunciando que as eleições
legislativas nacionais e municipais seriam também antecipadas para a mesma
data.
A eleição para a Assembleia Legislativa - que
Maduro esvaziara com a 'convocação' de uma Constituinte, limitada à população
das favelas e dos bairros pobres, será também antecipada, o que equivalerá a um
corte no mandato dos deputados da atual Assembleia. Tal mostra a desenvoltura
do Governo chavista (a oposição tem maioria na assembleia). O que ocorrerá,
portanto, é que Maduro, pela fraude e as proibições vai recuperar a maioria em
todos os corpos legislativos, se se levar
em conta o recurso desbragado à fraude.
É intenção da Oposição não
concorrer às eleições majoritárias. Dois políticos importantes, com chances
presidenciais (se o voto fosse livre), como Henrique Capriles e Leopoldo López,
estão proibidos pelo Tribunal Supremo pró-Maduro de concorrerem.
Enquanto isso a população
venezuelana sofre a fome e se torna, por conseguinte, mais frágil para as
epidemias e as doenças. Como faltam os remédios, o quadro não poderia ser mais
sombrio.
Se algo surpreende, no entanto, é
a falta de medidas mais duras de parte da OEA
e de seus principais países com vistas a apressarem a derrocada do regime
Maduro, que une a corrupção à ineficácia.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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