quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

As "Eleições" na Venezuela


                      
            
          A oposição venezuelana comunicou que não vai participar das eleições presidenciais marcadas para 22 de abril por considerá-las fraudulentas.
           Horas depois, tentando evitar o esvaziamento do pleito, Maduro 'reforçou' a proposta anunciando que as eleições legislativas nacionais e municipais seriam também antecipadas para a mesma data.
           A eleição para a Assembleia Legislativa - que Maduro esvaziara com a 'convocação' de uma Constituinte, limitada à população das favelas e dos bairros pobres, será também antecipada, o que equivalerá a um corte no mandato dos deputados da atual Assembleia. Tal mostra a desenvoltura do Governo chavista (a oposição tem maioria na assembleia). O que ocorrerá, portanto, é que Maduro, pela fraude e as proibições vai recuperar a maioria em todos os corpos legislativos, se se levar em conta o recurso desbragado à fraude.
              É intenção da Oposição não concorrer às eleições majoritárias. Dois políticos importantes, com chances presidenciais (se o voto fosse livre), como Henrique Capriles e Leopoldo López, estão proibidos pelo Tribunal Supremo pró-Maduro de concorrerem.
              Enquanto isso a população venezuelana sofre a fome e se torna, por conseguinte, mais frágil para as epidemias e as doenças. Como faltam os remédios, o quadro não poderia ser mais sombrio.
              Se algo surpreende, no entanto, é a falta de medidas mais duras de parte da OEA e de seus principais países com vistas a apressarem a derrocada do regime Maduro, que une a corrupção à ineficácia.

( Fonte:  O Estado de S. Paulo )

Nenhum comentário: