Desde que Maduro
transforma a Corte Suprema em tribunal de leguleios, braço jurídico da
ditadura chavista, só mesmo os cegos se recusam a crer na curva fatídica do
chavismo, transformada a Corte Suprema em último bastião da ditadura,
encarregada pelo ditador do trabalho sujo de aleijar aos poucos o que de democracia
restara.
Contornado ilegalmente o "recall", Maduro safou-se à própria
maneira de ser apeado do poder pelo Povo. Cinicamente, manda cassar mandatos
legislativos, para inviabilizar qualquer deposição por via legal. Dessarte,
principia a usar, ou melhor, distorcer o 'poder' do dito Tribunal Supremo, que
transforma no atual covil jurídico, sempre pronto a desempenhar-se dos trabalhos
sujos que lhes passa o ditador.
Sem
dar-se conta da ruína que o cerca, e como a débil Assembléia Legislativa
ainda lhe crie problemas, resolve inventar o monstrengo da Constituinte de los barrios
(favelas), que, desrespeitando todas as
normas, mandara eleger sem qualquer maioria, preferindo a segurança de sistema
europeu que para ele inventa os votos necessários. Para essa Constituyente de fancaria, na prática,
dispensa o quorum e reúne autêntico
aborto, que para ele preside a servil e histriônica Delcy Rodriguez.
Se é certo o destino final de
Nicolas Maduro, restam dúvidas apenas no que tange a como terminará. Se pagará in totum o mal que fez na própria terra
que conspurcou, ou se será empurrado para algum inferno que não seja dantesco,
porque não faz por merecer nem o fim de messer
Brunetto. De toda maneira, para quem se cercou mal - e basta elencar-lhe os
favoritos para que mala vita e droga
sorriam o largo, desdentado, sorriso que na pútrida desfaçatez lhes prefigure o
próprio fim - torpe, terrível, turbulento, e ... trágicomico. Como promotor, thanatos exige que seja comensurável à
sua visão existencial, mas não se pode
tampouco descontar que apodreça os próprios dias em fétida masmorra, para a
qual já se reservam visitas aos camaradas de governo, que poderão, se assim o
desejarem, lá também apodrecer, ao lado do compañero,
a quem verterão as consuetas lágrimas de crocodilo.
(Fontes:O Estado de S.Paulo;Dante & the limits of the Law, Justin Steinberg)
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