quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Bofetada com luva de pelica


                              
        Ao invés de esbravejar e lançar apodos,  o líder da Coreia do Norte Kim Jong-un decide ao parecer servir-se da quiet  diplomacy, ao juntar sua irmã mais nova, Kim Yo-jong à delegação de dirigentes norte-coreanos que irão visitar a Coréia do Sul nos Jogos Olímpicos de Pyeongchang. É esta a primeira vez que um membro da família Kim visita a Coreia do Sul.
          A relevância da viagem e do consequente encontro é considerada histórica pelos especialistas nas relações entre os dois países da península. Por mais batido que seja o termo, a própria circunstância de que expoentes das duas Coreias se visitem, já constitui uma realidade de grande importância.
           Kim Yo-jong é considerada a conselheira mais próxima do irmão, e talvez com certo exagero, seus olhos e ouvidos. Filha da mesma mãe de Kim Jong-un, ela é considerada de linhagem especial, assim como o irmão, e por isso teria status mais elevado entre os conselheiros de Kim Jong-un.
          A jovem, de 31 anos, é casada com filho de Choe Ryong-hae, considerado como o número 3 do regime, e se tornou o braço direito do irmão desde a morte do patriarca, Kim Jong-il, em 2011. Assim como o ramo masculino da família, ela estudou na Suiça e ganhou notoriedade a partir de 2015,  quando assume o posto de chefe do Departamento de Propaganda. Dessarte, segundo o ritual desse regime, e desde então  ela, em eventos e reuniões sempre aparece ao lado do irmão.
           De acordo com os analistas, Kim Yo-jong deverá entregar  uma carta escrita pelo irmão para o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, com quem ela deverá ter uma reunião.  A visita em tela é considerada um sinal da seriedade das intenções de reaproximação do ditador norte-coreano com o país vizinho.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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