A estória é simples, mas reflete até
que ponto o pobre bolívar perdeu o valor.
Um ambulante - Wilmer Rojas - deu
com modo peculiar de servir-se do papel-moeda da Venezuela. Principiou a recolher
bilhetes de 2, 5, 10 e 20 bolívares, que a gente joga nas ruas ou calçadas de
Caracas, pelo fato de não comprarem coisa alguma. Desses bilhetes, a hiperinflação
lhes tirou a serventia do dinheiro. Passaram a ser papel impresso.
Como a hiperinflação não pára (13 mil
% este ano) sobra material, e Wilmer confecciona de tudo com as notas que
ninguém quer: de bolsas a caixas de cigarro, para vendê-las em estações do
metrô de Caracas. Segundo Wilmer, para
confeccionar uma carteira, são necessárias 400 notas.
Por outro lado, o protesto imaginado
pelo desenhista José León, de 26 anos, lhe está sendo mais rendoso. Ele pinta
notas com imagens de heróis de história em quadrinhos e paisagens sobre o rosto
do Libertador Simón Bolívar. Segundo ele, seus fregueses chegam a pagar até US$
20 por uma peça. E José brinca: Com um
pouco de tinta valorizo minha moeda em 5.000%...
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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