sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

A realidade segundo Maduro


                             

         Maduro  prometeu  nesta quinta-feira desafiar a decisão do governo peruano  de vetar sua presença na Cúpula das Américas, que reunirá chefes de Estado do continente, nos dias treze e catorze de abril, em Lima.
         Nesse sentido, o governo do presidente Pedro Pablo Kuczynski declarou que Maduro não será bem-vindo no país. Consoante o chavista, a recusa é tentativa  de isolar seu país diplomaticamente.
         "Eles têm medo de mim? Não querem me ver em Lima? Verão, pois eu irei - chova, trovoe ou relampeje. Por ar, mar  ou terra chegarei à cúpula com a verdade da Venezuela", bazofiou Maduro à imprensa. Na terça-feira, em reunião do chamado Grupo de Lima - grupo de quinze países que monitoram a crise venezuelana - o convite para Nicolás Maduro participar da cúpula foi retirado.                 
           "Querem repetir com a Venezuela o que fizeram com Cuba", em referência à supensão da ilha da Organização dos Estados Americanos (OEA), após a chegada de Fidel Castro ao poder. E no mesmo tom, continuou ele a fanfarrear."Na Venezuela, mandam os venezuelanos, não o Grupo de Lima, não Pedro Pablo Kuckzinsky, não Juan Manuel Santos. Mandam as  Instituições e os venezuelanos"                                           
           Pelo visto, diante de seu isolamento, Maduro resolveu apelar para a negação da realidade.
           Segundo se comenta, os críticos ao chavismo extremista, dizem que maduro  vem há bastante tempo rejeitando conselhos de que deveria reformar a economia em colapso da venezuela. Se Maduro mergulha nesse tipo de extremismo, e se recusa a reconhecer a realidade, não há propósito de qualquer tentativa em reunir-se com alguém que se nega a confrontar a realidade.
          Se ele não enlouqueceu,  a circunstância de querer parecer um energúmeno deve refletir algum desígnio político. Como se verifica, pela migração dos venezuelanos - já há mais de quarenta mil em roraima, e ninguém sai de sua terra senão em situação extrema de falta de recursos.
            Como o Blog já noticiou, altos oficiais do exército venezuelano, se deslocaram, cada um tangido pelo sua situação específica, para roraima. É óbvio que  não é só a desnutrição que existe na venezuela, mas também a falta absoluta de recursos, inclusive os de natureza médica e farmacológica. Com um país das dimensões da venezuela, tais condições se afiguram extremas e, mesmo, insustentáveis o que torna inevitável uma corrente de  acontecimentos decorrentes do desespero diante dessa falta de recursos.
            Não será negando a realidade que se irá diminuir o  quociente de periculosidade que lhe é inerente  por força das circunstâncias...

( Fonte:  O Estado de S. Paulo )                

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