Se houvesse um grupo, vindo de cidade
rival, com o fim de desmoralizar o Rio de Janeiro, afetar-lhe a economia e
fechar com estrondo os encantos e atrativos do carnaval carioca, ele não
poderia estar trabalhando melhor com a ajuda ao revés do governador Pezão, e da
sua equipe, se ele tem alguma.
O informativo da Rede Globo do fim da
tarde bastaria para isso. Foi acabrunhante o número de turistas estrangeiros,
homens e mulheres, que bateram em uma inútil delegacia para declarar furtos e
em sobretudo roubos de carteiras, bolsas e tudo o mais que um turista levar
possa consigo.
A violência, no entanto, ela estourou
por toda parte, arrogante e raivosa, agindo com a desenvoltura de quem sabe não
ter polícia pela frente.
Quando se fala em brutalidade e
estúpida perversidade, como não pensar na morte covarde e bestialmente
infligida por bandidos que se sentem sem peias nem qualquer polícia por
perto. Alegre, o jovem vinha para casa,
primeiro por haver passado no vestibular e segundo, por ter ganho um celular de
presente dos pais.
Estava a duas quadras do lar familiar e
não resistiu ao impulso de comunicar aos pais que passara no vestibular para o
curso de física da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Por má sorte sua,
nas ruas desertas (de polícias), mas fervilhando de ladrões assassinos no
Rio, foi entrevisto por dois covardes bandidos que o perseguiram
com a moto até atropelá-lo por mais de uma vez, e machucá-lo repetidamente com
pontapés, ao ponto de transformar-lhe o rosto em um só hematoma.
Nem bestas ferozes tem tanta gana de
mal fazer, para quem andava feliz, por acercar-se de casa e ter um celular nas
mãos.
Pobre David! Pela violência no Rio,
ele costumava evitar sair à noite. Pelos ferimentos cruel e estupidamente
infligidos, sofreu em leito de hospital,
aonde ficou internado, desde o dia trinta e um de janeiro. Por nove dias padeceu
e, ao cabo, a maldade dos bandidos
cobrou-lhe a jovem vida. O atestado de óbito
registra laceração do encéfalo e fratura do crânio, além da estúpida
desfiguração da face.
Espera-se Justiça. Assim como se
procedera com o turista argentino, que foi morto com traumatismo na nuca, ao
cabo de uma briga em Ipanema, em um bar da Vinicius de Morais, o empenho da
polícia acabou por descobrir e prender para julgamento o bando de valentões que
mataram o pobre portenho.
A vida de David, ninguém poderá trazer de
volta. Mas a polícia, tanto civil, quanto militar, de nosso governador Pezão,
que a tudo parece assistir surpreso e com olhos esbugalhados, de quem não
entende o que está acontecendo, não deve ter muito dificuldade, para, com a
ajuda das câmeras, localizar e identificar tais assassinos, para que respondam
na Justiça pelo crime hediondo que praticaram.
Com tanta estúpida violência, e o
criminoso abandono da população, é mais do que tempo para reagir e pôr um
termo a essa farra dos bandidos. Basta
de impunidade!
(
Fontes: Rede Globo, O Globo
)
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