Saudo por fim a decisão do Tribunal
Penal Internacional em dispor-se a julgar os abusos e os crimes do ditador Nicolas Maduro e de seu odiento regime contra o Povo venezuelano. São as primeiras
gotas de um temporal, que tardaram demasiado por injunções e pretextos vários,
que nada têm a ver com a situação de verdadeira calamidade pública na terra
hoje desfigurada do grande Simón Bolivar, um perene orgulho para as Américas, a
que a conhecida Organização dos Estados Americanos terá pensado possível, para
vergonha de seus membros, que se poderia tolerar tal estado de real calamidade,
como se fora situação de normale
amminastrazione.
Data
venia, tardou
demasiado que o TPI tenha afinal se decidido a examinar o escândalo contra os
direitos humanos que vem sendo praticado, até o presente de forma impune e com
inaudita arrogância, para vergonha não só da OEA e de seus membros, que se
dissimulam na rotina diplomática, como
se submeter um Povo à rotina da miséria e da fome, sob pretextos hipócritas de
uma soberania que não foi construída juridica e politicamente, para infringir as mais comezinhas regras de
respeito ao próprio Povo, que começam pela saúde, alimentação e respeito mínimo
aos direitos de uma população que o caráter predatório de seus atuais
governantes tem tratado de forma ainda
mais torpe do que a animais, constrangendo essa pobre, infeliz gente a buscar
refúgio nos países vizinhos, como são exemplo a Colômbia e o próprio Brasil.
O ditador Nicolas Maduro e sua atual esposa encenam, com o confetti da
mentira e do sumo desrespeito às legiões de infelizes que, macilentos e
famélicos, vagam pelas ruas e avenidas da antiga próspera Caracas, hoje
um vasto deserto de homens e mulheres
que mal tem forças para protestar contra esse escândalo público. O que festeja esse casal, com o aplauso de
seus acólitos e lacaios? Mais uma
candidatura a presidente dessa cria de Hugo Chávez Frias, que hoje há de revirar-se
na sepultura pela ideia infeliz de recomendá-lo de seu leito de morte para a
presidência da pátria de Simón Bolívar!
Por sua vez, durante viagem a alguns países da América
Latina, Ministro de governante que se tem destacado mais pela forma inusitada
das atitudes e pelo desrespeito do direito das gentes, chegou ao cúmulo de
sugerir um golpe militar para resolver o
problema. Será que a América Latina já não sofreu demasiado debaixo das botas e
dos uniformes das Forças Armadas, que ora se volte, com ignorância e menosprezo
pelos seus vizinhos continentais, a
recomendar esse calamitoso remédio, que a nossa gente vem, com esforço e
sacrifício, batalhando para livrar-se de uma vez por todas?
Diante dessas desconcertantes
declarações, o que é necessário fazer para salvar o Povo venezuelano, que não
pode ser vitimado por um governo desonesto e despreparado para os sérios e sagrados
deveres das autoridades. De uma coisa se pode afirmar: mesmo o maior imbecil
dos seres humanos se terá capacitado de que algo deve ser feito, algo que faça
honra a quem o proponha e a quem o realize, pois, grita aos Céus que não se
pode assistir em inane silêncio ou na hipercautela dos que se refugiam no
alegado respeito aos direitos de cada governo de administrar cada país das
Américas, e que na verdade preferem a inação seja dos indiferentes, seja dos idiotas,
como se a calamidade pública que ora
deparamos na antes próspera e buliçosa terra da Venezuela constitua algo de escassa relevância, a ponto
de aquele senhor - que ao ver de muitos deveria voltar a tratar de petróleo -
prefira o silêncio, para não cair nos discursos e nos gestos que criam, ao
invés do marasmo presente, ações
tendentes a resolver um grande problema
americano.
O conceito da salvação pública, que nasceu em situação
diversa, responde, no entanto, a um clamor do Povo Venezuelano, que não carece de
ser hipotetizado, pois essa gente, tangida pela fome, pela miséria, pela falta
de qualquer atenção de regime tão traidor quanto infiel e canalha, e que pelos
seus atos de bárbara indiferença pela
saúde e o mínimo bem-estar desse Povo sofrido e inocente, já perdeu toda e
qualquer prerrogativa para vir aos tribunais da Opinião Pública Mundial clamar
sobre soberania. A gente venezuelana não poderia estar votando de forma mais marcante,
pujante e estentórica do que na decisão
de abandonar por um tempo o torrão
natal, tangida que é pela fome, pelo abandono e pelo espectro das enfermidades
que visitam pressurosas os organismos combalidos pela extrema desnutrição. Que voto mais significativo esse
que o da gente venezuelana de abandonar, em desespero, suas casas, seus
pertences, e atravessar fronteiras de terras que pensam ser amigas e
compreensivas nesta hora árdua e infeliz, que não o é só para a Venezuela, mas também, e me condói dizê-lo, para as
Américas, do Norte, do Centro e do Sul, pelo apoio que deram às vezes
contrafeitos, mas faço votos que se essas palavras para algo servirem, elas
possam contribuir para sacudir e mover a nossa gente desse Continente, que
ainda é um só e não pode fingir,
fazer-se de desatento nem muito menos fugir de uma responsabilidade que é
binária: abrir a porta de saída para o ditador Nicolás Maduro e a de entrada
para a ajuda das Américas, a que a Venezuela merece como Terra do Libertador,
com os seus ideais e palavras, o grande herói Simon Bolivar.
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