sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Advertência de Cármen Lúcia

                               

          Cármen Lúcia mais uma vez confirmou a própria têmpera, autoridade e firmeza na defesa da Justiça.
           Dada a arrogância daqueles que afrontam a Justiça,  o seu discurso enfrentou assertivas que, muito além de despropósitos, investiam em aberto desacato contra as autoridades judiciárias.
           Em sua alocução, a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, classificou ontem  de "inadmissível e inaceitável desacatar a Justiça".
           Nesse sentido, afirmou  que sem "Justiça não há paz". Apesar de não citar nomes, as declarações da ministra foram inequívoca mensagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a dirigentes petistas, notadamente a atual presidente do  PT, Senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR). oH Ho HH 
             É de notar-se que Lula, na semana passada, disse não ter "nenhuma razão para respeitar" a decisão da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.  Em seu discurso, Cármen Lúcia reportou-se , outrossim, que se pode "ser favorável ou desfavorável à decisão judicial pela qual se aplica o direito. Pode-se reformar a decisão judicial, pelos meios legais, pelos juízos competentes. É inadmissível e inaceitável desacatar a Justiça, agravá-la ou agredi-la. Justiça individual fora do direito não é justiça, senão vingança ou ato de força pessoal", assinalou a Ministra. E, nesse sentido, completou: 

            "Sem liberdade, não há democracia. Sem responsabilidade, não há ordem. Sem Justiça, não há Paz".

               Em tom de conciliação, a Presidente do STF declarou,outrossim, esperar que 2018 "seja tempo de superação em nossa dificultosa história, para que fases mais tristes sejam apenas memórias de dias de tormenta passada". E, nesse sentido, concluiu com a peroração seguinte: 
           
             "que não tenhamos  de ser lembrados pelo que não fizemos, ou pior, pelo que desfizemos do conquistado social e constitucionalmente. Que se recordem de nós pelo que conseguimos contribuir para garantir, que as conquistas históricas não foram esquecidas, que a Constituição não foi descumprida, que a República não se perdeu em nossas mãos, nem a democracia em nossos ideais  e práticas", ressaltou a Ministra Cármen Lúcia.



( Fonte:  O Estado de S. Paulo )

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