Cármen Lúcia
mais uma vez confirmou a própria têmpera, autoridade e firmeza na defesa da
Justiça.
Dada a
arrogância daqueles que afrontam a Justiça,
o seu discurso enfrentou assertivas que, muito além de despropósitos,
investiam em aberto desacato contra as autoridades judiciárias.
Em sua alocução,
a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, classificou
ontem de "inadmissível e inaceitável
desacatar a Justiça".
Nesse sentido, afirmou que sem "Justiça não há paz". Apesar
de não citar nomes, as declarações da ministra foram inequívoca mensagem ao
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a dirigentes petistas, notadamente a
atual presidente do PT, Senadora Gleisi
Hoffmann (PT/PR).
É de notar-se
que Lula, na semana passada, disse não ter "nenhuma razão para
respeitar" a decisão da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª
Região. Em seu discurso, Cármen Lúcia
reportou-se , outrossim, que se pode "ser favorável ou desfavorável à
decisão judicial pela qual se aplica o direito. Pode-se reformar a decisão
judicial, pelos meios legais, pelos juízos competentes. É inadmissível e
inaceitável desacatar a Justiça, agravá-la ou agredi-la. Justiça individual
fora do direito não é justiça, senão vingança ou ato de força pessoal", assinalou
a Ministra. E, nesse sentido, completou:
"Sem liberdade, não há democracia. Sem responsabilidade, não há ordem.
Sem Justiça, não há Paz".
Em tom de conciliação, a Presidente do
STF declarou,outrossim, esperar que 2018 "seja tempo de superação em nossa
dificultosa história, para que fases mais tristes sejam apenas memórias de dias
de tormenta passada". E, nesse sentido, concluiu com a peroração
seguinte:
"que não tenhamos de ser lembrados pelo que não fizemos, ou
pior, pelo que desfizemos do conquistado social e constitucionalmente. Que se
recordem de nós pelo que conseguimos contribuir para garantir, que as
conquistas históricas não foram esquecidas, que a Constituição não foi
descumprida, que a República não se perdeu em nossas mãos, nem a democracia em
nossos ideais e práticas",
ressaltou a Ministra Cármen Lúcia.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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