Segundo Míriam Leitão, em quem me baseio cum grano salis para a avaliação economico-financeira dos efeitos
da intervenção, o poder no Rio se está desfazendo em todas as áreas.
O
governador Pezão, já desmoralizado pelas próprias declarações, ainda assim
tentou resistir. Mas não tardou a dar-se conta que não tinha condições
políticas de fazê-lo.
O
general Braga Netto, além de dispor da força inercial, terá plenos poderes na
área de segurança. Se, em tese, o governador civil preserva as demais capacidades,
o que deverá ocorrer na prática, é o interventor militar agir desimpedido na
área policial, cabendo a Pezão - que reconheceu o próprio esvaziamento - um
papel secundário e administrativo, que não afetará a segurança.
Dada a relevância da situação, e o desafio
que ela representa para a imagem da Força Armada, não é de prever-se que o
governador civil tentará fazer jogo de influência, no que tange ao poder
militar. Se bem avaliar a situação, interessará a Pezão que a atuação do
general Braga Netto seja exitosa, porque nesse caso o atual governador colherá
os seus frutos e terá todo o interesse em preservá-los.
( Fonte:
Miriam Leitão, O Globo )
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