Há
aspectos positivos na iniciativa de Donald
Trump que lançou mais de 50 mísseis Tomahawk em base militar da Síria.
Antes de lançar os mísseis - que desde o tempo de Bill Clinton já tinham
sido usados pelos Estados Unidos, em operações pontuais, como nas tentativas de
atingir bases da al-Qaida - o Presidente Trump tomou a iniciativa de por
primeira vez avisar o Presidente Vladimir Putin, da Federação Russa.
Putin, o amigo de Trump, avisou a respeito que a ação militar poderia ter "consequências
negativas".
É
de notar que o ataque de Trump contra a base militar de Ash Sha'irat, na
província de Homs, em área controlada pelo ditador Bashar al-Assad, marca a
primeira ofensiva militar do novel presidente americano, e o que é importante foi
o primeiro ataque dos Estados Unidos contra o regime de Bashar al-Assad.
Durante os oito anos de Barak Obama, os Estados
Unidos se abstiveram de intervir na Síria, seja diretamente, seja
indiretamente, como Hillary Clinton, então Secretária de Estado, e os demais
chefes de departa-mentos ligados ao
exterior (CIA, Departamento de Defesa, entre outros) haviam proposto ao
Presidente, para reforçar a aliança dos rebeldes sírios.
No episódio presente da intervenção estadunidense, em breve
pronunciamento após o bombardeio, Trump afirmou que não há dúvida de que a
Síria usou armas químicas proibidas:
"É do interesse vital da segurança dos Estados Unidos deter o uso e
a proliferação de armas químicas letais. Chamo as nações civilizadas para pôr
fim ao banho de sangue na Síria"
A força aérea de Assad utilizou o letal gás
sarin. O Governo da Turquia forneceu a respeito informações conclusivas.
Sob o governo Obama, a
intervenção americana se limitara ao Iraque,
para ajudar esse país a recuperar o território que perdera no primeiro ataque do ISIS.
Essa recuperação está acontecendo, mas com pesadas baixas na população
civil iraquiana.
Após o ataque, o
Secretário de Estado, Rex Tillerson
apressou-se em afirmar que os Estados Unidos não pediram a aprovação de Moscou.
Por sua vez, os senadores
republicanos John McCain e Lindsay Graham - ambos tem boas
razões para serem desafetos de Trump - assinaram comunicado exortando o governo estadunidense a agir
contra as forças do regime sírio.
Também se manifestou
Hillary Clinton, a candidata
democrata surpreendentemente derrotada na votação indireta - que é a que vale -,
mas vitoriosa no cômputo geral dos votos: "Realmente acredito que devemos
atacar as bases aéreas de Assad e evitar
que ele as use para bombardear inocentes e envenená-los com o gas Sarin".
(
Fonte: O Globo )
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