sexta-feira, 7 de abril de 2017

Trump ataca Assad

                              

          Há aspectos positivos na iniciativa de Donald Trump que lançou mais de 50 mísseis Tomahawk em base militar da Síria.
          Antes de lançar os mísseis - que desde o tempo de Bill Clinton já tinham sido usados pelos Estados Unidos, em operações pontuais, como nas tentativas de atingir bases da al-Qaida  -  o Presidente Trump tomou a iniciativa de por primeira vez avisar o Presidente Vladimir Putin, da Federação Russa.
           Putin, o amigo de Trump, avisou a respeito  que a ação militar poderia ter "consequências negativas".
            É de notar que o ataque de Trump contra a base militar de Ash Sha'irat, na província de Homs, em área controlada pelo ditador Bashar al-Assad, marca a primeira ofensiva militar do novel presidente americano, e o que é importante foi o primeiro ataque dos Estados Unidos contra o regime de Bashar al-Assad.
              Durante os oito anos de Barak Obama, os Estados Unidos se abstiveram de intervir na Síria, seja diretamente, seja indiretamente, como Hillary Clinton, então Secretária de Estado, e os demais chefes  de departa-mentos ligados ao exterior (CIA, Departamento de Defesa, entre outros) haviam proposto ao Presidente, para reforçar a aliança dos rebeldes sírios.
              No episódio presente da intervenção estadunidense, em breve pronunciamento após o bombardeio, Trump afirmou que não há dúvida de que a Síria usou armas químicas proibidas:
               "É do interesse vital da segurança dos Estados Unidos deter o uso e a proliferação de armas químicas letais. Chamo as nações civilizadas para pôr fim ao banho de sangue na Síria"
                  A força aérea de Assad utilizou o letal gás sarin. O Governo da Turquia forneceu a respeito informações conclusivas. 
                  Sob o governo Obama,  a intervenção americana se limitara ao Iraque,  para ajudar esse país a recuperar o território  que perdera no primeiro ataque do ISIS.
                  Essa recuperação está acontecendo, mas com pesadas baixas na população civil iraquiana.
                        Após o ataque, o Secretário de Estado, Rex Tillerson apressou-se em afirmar que os Estados Unidos não pediram a aprovação de Moscou.
                         Por sua vez, os senadores republicanos John McCain e Lindsay Graham - ambos tem boas razões para serem desafetos de Trump - assinaram comunicado  exortando o governo estadunidense a agir contra as forças do regime sírio.
                           Também se manifestou Hillary Clinton, a candidata democrata surpreendentemente derrotada na votação indireta - que é a que vale -, mas vitoriosa no cômputo geral dos votos: "Realmente acredito que devemos atacar as bases aéreas de Assad  e evitar que ele as use para bombardear inocentes e envenená-los com o gas Sarin".


( Fonte:  O Globo )

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