Republicano da
Califórnia, o deputado Devin Nunes, anunciou
na última 5ª Feira que se afastaria temporariamente da Comissão de Inteligência da Câmara, enquanto durarem
as investigações desse órgão sobre os esforços da Rússia em 2016 para
desorganizar (disrupt) os procedimentos relativos às eleições presidenciais
americanas.
Ao ser inteirado de sua decisão, o
deputado Adam B. Schiff, da Califórnia, que é o democrata na dita Comissão de
mais alta hierarquia, elogiou a decisão de Nunes, por ter sido feita no melhor
interesse da investigação. E, nesse contexto, ainda segundo Schiff, a
iniciativa de Nunes permitirá um novo começo das investigações.
Com efeito, Mr Nunes caíu sob o fogo da
mídia no mês passado, quando ele anunciara acreditar em que Trump, ou membros de seu Comitê de transição possam ter sido "acidentalmente" apanhados na vigilãncia de
estrangeiros por agências americanas de contra-espionagem.
Nesse contexto, o boquirroto Mr Nunes
citou 'dúzias de relatórios de inteligência por ele próprio qualificados como
"confidenciais", que mais tarde o New York Times revelaria que haviam
sido passados para o deputado Devin Nunes por funcionários da Casa Branca.
Dentro do mesmo sentido, interveio
igualmente o Speaker da Câmara de
Representantes, Paul Ryan.
Como se verifica, por conseguinte, há fundadas razões dos órgãos da imprensa americana em considerar como embattled, isto é, assediado, em maus lençóis, o deputado Devin Nunes. Sob investigação do Comitê de Ética da Câmara, por alegadamente haver revelado matéria confidencial, envolvendo questões de segurança, à imprensa estadunidense.
A segurança nas informações é considerada questão séria na Terra de Tio Sam, e por isso o Representante californiano corre o risco de receber alguma punição.
( Fonte: The New York Times
)
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