Papa Francisco acaba de completar mais
uma viagem apostólica que , em certos,
aspectos foi assaz diversa das outras. Por cerca de dois dias esteve ele no Egito. O objetivo dessa missão
pontifícia foi, também, um pouco diferente das demais.
A viagem foi dedicada a duas questões
importantes: aproximar estas duas grandes religiões - que são o Catolicismo e o
Islã - além de sua carga de prevenção e ressentimento, e levar mensagem de
solidariedade à minoria copta em terra egípcia, depois do momento difícil das
mortes de fiéis cristãos na sua basílica no Cairo.
Em outros tempos, Paulo VI e João Paulo
II visitaram o Egito em viagem apostólica.
Na parte oficial da visita papal,
Francisco foi recebido à chegada e também esteve em audiência com o presidente
do Egito, general el-Sisi.~
No plano religioso, houve o encontro e
a confraternização entre o Imã muçulmano e Papa Francisco. O sumo Pontífice
oficiou igualmente missa campal para a comunidade copta. Por determinação do
Santo Padre, ele não utilizou carro blindado nos seus deslocamentos, nem se valeu
de qualquer outra proteção especial.
Para esta viagem apostólica, em
momento difícil, marcado pelo fanatismo de movimentos políticos de fé islâmica,
como o ISIS - responsável pelo morticínio na catedral copta - o testemunho
pessoal traz consigo a coragem heróica dos antigos missionários, cuja crença em
Cristo Salvador era o único documento de viagem que portavam consigo.
É por isso que Papa Francisco será
sempre recebido com respeito. Porque, sem alarde, sem o triunfalismo das
viagens pastorais do passado, Francisco não trepida em levar a própria mensagem
de fé, congraçamento e paz, como se fora simples peregrino da fé cristã.
Se ele recebe as atenções e o apreço
que lhe são devidos, por sua fé e determinação, Papa Francisco desdenha a pompa
e seus acólitos, viajando com o espírito
dos antigos missionários, que trazem consigo o amor em Cristo, e a própria fé e
confiança nos desígnios do Senhor.
PS. Não há menção à viagem de Papa Francisco nos jornais americanos New York Times e Washington Post. Salvo erro ou omissão, segundo pude verificar, a
memorável visita do Santo Padre só é referida e reportada pela CNN.
Seria bom que estivesse
eu equivocado, pois nunca é demais reportar-se a testemunhos de uma fé que
remove montanhas.
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