Em impressionante concentração popular
contra o chavismo, a autoestrada Francisco Fajardo desapareceu sob tapete de demonstrantes contra o tirano Maduro. E por sexta vez, as forças de
segurança do governo impedem que o Povo tenha acesso ao centro de Caracas.
Para tanto, recorrem a bombas de gás
lacrimogêneo, a jatos d'água e cerrado tiroteio de balas de borracha. Saindo
de todas as zonas da cidade, em 26 locais, a compacta multidão não conseguiu
furar o bloqueio dos guardas bolivarianos. Dada a agressividade das forças de
Maduro, os manifestantes lançam pedras,
balas de borracha e coquetéis molotov.
Houve duas mortes de populares em
antigos redutos governistas, onde os moradores já tinham protestado contra o
tirano na semana passada. Os assassinos, provavelmente facínoras dos 'coletivos',
são milícias armadas com fundos públicos pelo ditador.
A covardia e a bestialidade são as
marcas dessa súcia sanhuda, estipendiada pelo regime. Basta a suposição de que a
vítima seja do campo dos demonstrantes para que a abatam, como o fizeram com o
estudante de economia Carlos Moreno, de 17 anos, atingido na cabeça. Por sua
vez, Paula Gómez, 23 anos estudante, a atingiram com um tiro também na cabeça,
porque ousara filmar a chegada dos bandidos "coletivos" ao protesto
opositor.
Enquanto se mancha de sangue inocente, e
reprime com os carniceiros da polícia e os bestiais coletivos as manifestações populares,
Maduro discursa que quer
enfrentar os adversários nas urnas, mas que a decisão sobre a data é do
Conselho Nacional Eleitoral (composto por governistas)...
Prosseguindo nas costumeiras fanfarronadas,
disse que a Venezuela não cederá às pressões dos Estados Unidos (para Nicolás
Maduro, Washington lidera o 'golpe').
Para o inepto sucessor de Chávez "estamos escrevendo a história dos
povos rebeldes na Venezuela e na América Latina".
O cinismo, em especial o burro e
desonesto, tem decerto um limite. Até
quando, então, a vaga revolucionária o varrerá
da Presidência ?
(
Fonte: Folha de S. Paulo )
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