Palocci
contrata advogado para delação
O ex-Ministro Antonio Palocci, preso em
Curitiba desde setembro de 2016, resolveu contratar os serviços do advogado
Adriano Bretas, de Curitiba.
Bretas já atuara anteriormente em negociações de acordo de delação
premiada de alvos da
Operação Lava-Jato. A mudança do
defensor tem como objetivo negociar a colaboração de Palocci.
Preso na fase Omertà - desdobramento da Lava Jato - Palocci era
defendido pelo criminalista José Roberto Batochio, que, no entanto, é conhecido por sua posição contrária à
delação premiada.
Por sua vez, Bretas tem entre seus clientes o doleiro Alberto Youssef.
Palocci, como informa o Estado de S. Paulo, é alvo da ação penal que tramita na 13ª Vara
Criminal Federal de Curitiba, sob a responsabilidade do Juiz Sérgio Moro. Na
semana passada, interrogado pelo juiz da
Lava Jato, Palocci já apontara a possibilidade de colaborar com as investigações.
No processo em que é réu, Palocci é apontado com o codinome "Italiano",
que consta da planilha de propinas da Odebrecht. Os investiga-dores suspeitam que ele recebeu R$ 128 milhões da construtora e repassou parte
do dinheiro de propina ao PT.
Temer
em base movediça?
Segundo a coluna de José Roberto Toledo, os presidentes brasileiros se
sustentam no tripé do apoio popular, apoio parlamentar e apoio
empresarial. A situação começaria a
ficar precária, na falta do apoio popular.
Quando falta mais um, de acordo com o colunista, "o terceiro não
aguenta e o governo cai".
Impopular, Michel Temer, "se sustenta nos dois últimos". Para
o colunista, contudo, "o apoio dos deputados bambeia".
De acordo com o cômputo de
Toledo, desde a aprovação do teto fiscal em 25 de outubro de 2016, a base
governista tem sofrido muitas defecções: perdeu quase todo o PDT, a maioria do
PSB , e, por omissão, fatias expressivas do PMDB, do PR, do PSD, do PTB e do
SD, entre outros.
Dentro do pessimismo do colunista Toledo, "para chegar aos 308
votos e aprovar a reforma da Previdência, o governo cede ao limite de torná-la
inócua a olhos empresariais."
A conferir.
Gilmar
Mendes suspende interrogatório de Aécio
Em determinação que contrariou a Polícia
Federal, o Ministro Gilmar Mendes
(STF) suspendeu por pelo menos 48 horas a oitiva a que o Senador Aécio Neves (PSDB-MG) seria
submetido na manhã de 26 de abril, como
parte de investigação sobre irregularidades em Furnas, estatal do setor
elétrico.
Atendendo a pedido da
defesa de Aécio, que queria ter, antes do interrogatório, acesso aos depoimentos de testemunhas já
realizados - o que tinha sido negado pela P.F., o Ministro Gilmar Mendes
determinou o acesso imediato por parte de Aécio e sua defesa aos depoimentos,
além da suspensão do interrogatório (por pelo menos 48 horas).
Na sua decisão, o
Ministro Gilmar Mendes afirmou que "o argumento da diligência em andamento
não autoriza a ocultação de provas para surpreender o investigado em seu
interrogatório". Para tanto, Gilmar invocou a 14 Súmula Vinculante do STF, que
trata do direito da defesa de ''ter acesso
amplo aos elementos de prova".
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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